Policial Adriana (esq.), da DDM participou da prisão dos dois acusado. O primeiro com apoio de policiais da DISE. Foto: MANOEL MESSIAS/Agência

Justiça converte em preventiva as prisões de “Capim” e “Dentinho”, acusados de estupros

“Capim” e “Dentinho” vão aguardar presos até o julgamento do caso. “Capim” ainda é suspeito de estuprar uma criança de 12 anos, com problemas mentais

ANDRADINA – A Justiça converteu em preventiva, as prisões dos pintores Jorge Alves, o “Capim”, de 59 anos, e Washington Charles Santos Otone, o “Dentinho”, de 35 anos, acusados de estupros de vulnerável, contra duas crianças de 4 e 5 anos. Os acusados são pai e padrasto das meninas, respectivamente. Os dois estavam presos temporariamente na cadeia de Pereira Barreto e agora com a prisão preventiva decretada, foram removidos para o CDP – Centro de Detenção provisória de Caiuá, à disposição da Justiça.

O padrasto das crianças, apelidado de “Dentinho”, conforme laudo pericial de corpo delito, provocou o rompimento do hímem de uma das crianças usando o dedo. Já o pai delas, o pintor “Capim”, praticava atos lascivos contra elas, beijando na boca, passando a mão em suas partes íntimas, entre outros atos libidinosos.

“Capim” também está sendo investigado pela DDM – Delegacia de Defesa da Mulher, da Polícia Civil de Andradina, acusado de ter estuprado uma garota de 12 anos que apresenta problemas mentais. Laudo já teria comprovado a conjunção carnal.

OS CASOS DE ESTUPROS

As prisões dos dois aconteceram depois que agentes de redes de proteção à criança e ao adolescente constataram situações anormais enquanto faziam atendimento domiciliar na casa das duas crianças, localizada na rua Evandro B. Calvoso, no bairro Pereira Jordão, denunciando o caso ao Conselho Tutelar, que passou a investigar a conduta de “’Capim”, já separado da mãe das crianças a pelo menos 1 ano e meio.

Depois de constatadas as denúncias, as duas crianças foram retiradas da residência e ficadas em um abrigo, sob tutela do município. No abrigo e se sentindo mais protegidas, as duas crianças contaram que pai o dela (Capim, o principal suspeito até então), praticava atos libidinosos nelas (lasciva), como beijar de língua, passar a mãos de forma acintosa em seus corpos e até colocar a prótese (dentadura), nas bocas delas.

Enquanto agentes da DDM investigavam o pintor “Capim”, surgiu então a informação de que o padrasto “Dentinho”, com quem já convivia com a mãe das crianças por um ano e meio, teria praticado atos mais graves ainda, como introduzir o dedo nas partes íntimas delas. Exames periciais, ainda não confirmados pela DDM teriam constatado os rompimentos dos hímens das duas crianças.

PRISÃO DE “CAPIM”

O primeiro a ser preso foi Jorge Alves, o “Capim”, capturado no último dia 14 de maio, no cruzamento das ruas Paes Leme com Silva Jardim, no bairro Pereira Jordão, pela equipe composta pela policial da DDM, Adriana Paschoalin, com apoio dos policiais da DISE – Delegacia de Investigações Gerais, Jota Coimbra e Marcell Rafael. A princípio negou as acusações e acha que foi coisa armada pela ex-mulher dele e o companheiro dela, justamente “Dentinho”.

PRISÃO DE “DENTINHO”

Já dois dias depois, na noite do dia 16, a policial Adriana Paschoalin, prendeu sozinha o outro acusado, o pintor Whashington Otoni, o “Dentinho”, que estava pernoitando em uma igreja evangélica localizada na rua Alexandre Salomão, centro. Ele foi detido quando caminhava da casa de um pastor onde jantou e estava a caminho da referida igreja, quando foi avistado pela policial. Não ofereceu resistência e uma viatura da Polícia Militar ajudou-a a conduzir o capturado até o plantão policial.

“Dentinho” negou tudo isso, dizendo à reportagem que se tivesse feito algo de errado já teria fugido, tamanha a repercussão do caso. Porém, no plantão policial informou que só se pronunciará em juízo. A delegada da DDM, Michele Miliorini também preferiu não se pronunciar neste caso que envolve crianças de apenas 4 e 5 anos de idade.

Uma outra irmã das crianças, de 8 anos, não quis ser submetida a exames de um médico legista, por isso não foi possível constatar se ela também foi vítima de um dos dois acusados. Traumatizada, essa criança vem apresentando problemas de comportamento no abrigo municipal.

MIL NOTICIAS/Agência

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