Simone foi encontrada acorrentada à cama em Rio Preto (SP), no dia 12 de março de 2017 (Foto: Reprodução/Facebook/Arquivo).

Um ano depois, marido de mulher que foi morta e acorrentada a cama fala sobre o crime: ‘Tempo cura a ferida’

Simone Moura Facini Lopes foi morta por idoso para quem dava aulas voluntariamente em Rio Preto (SP). Em entrevista ao G1, César Augusto Lopes conta que tempo foi essencial para levar força à família.

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP – Um ano depois de perder a mulher em um crime que chocou São José do Rio Preto (SP), no noroeste paulista, César Augusto Lopes falou sobre a mudança de vida que precisou enfrentar. A mulher dele, Simone de Moura Facini Lopes, foi encontrada morta, seminua e acorrentada em uma cama em uma chácara na zona rural da cidade.

Simone foi encontrada acorrentada à cama em Rio Preto (SP), no dia 12 de março de 2017 (Foto: Reprodução/Facebook/Arquivo).

Simone foi encontrada acorrentada à cama em Rio Preto (SP), no dia 12 de março de 2017 (Foto: Reprodução/Facebook/Arquivo).

A vítima, de 31 anos, fazia trabalho voluntário e dava aulas para o autor do crime, Francisco Lopes Ferreira, de 64. Ela foi morta com golpes de marreta na cabeça.

César Augusto conta que luta diariamente para cuidar do filho e se manter firme, mesmo após a trágica perda.

“Graças a Deus eu e meu filho estamos melhorando a cada dia. No começo foi muito difícil, mas Deus dá para a gente um alento. O tempo cura a ferida. Passei por uma depressão forte, mas graças a Deus estou conseguindo tocar a vida”, diz.

Depois do crime, o filho do casal passou por acompanhamento psicológico, recebeu alta recentemente e está bem, assim como a família da vítima. “Mantenho sempre contato com minha sogra. Os familiares da Simone também estão bem, na medida do possível.”

O autor do crime está preso e aguarda o julgamento. “No mês passado fizemos a audiência de instrução e aguardamos a divulgação da data do julgamento para, então, analisar se é conveniente recorrer ou ir à júri. Enquanto isso, Francisco está preso”, afirma o advogado de defesa, João Dias.

O caso corre na 4ª Vara Criminal do Fórum de São José do Rio Preto e está sob segredo de Justiça.

César conta que não faz questão de acompanhar o caso judicialmente. “Na verdade não quero saber, nem lembrar disso. Dei um depoimento no início do julgamento, mas depois não soube de mais nada”, conclui.

Entenda o caso

A vítima frequentava a chácara regularmente, onde dava aula de ensino religioso para Francisco. De acordo com o boletim de ocorrência, ela foi encontrada com ferimentos graves na cabeça.

Segundo a polícia, um homem que morava com Francisco foi quem chegou primeiro na cena do crime e chamou a polícia. Francisco foi preso uma semana após o crime, no dia 20 de março de 2017.

G1

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