Delegado Tadeu debruça sobre um inquérito de 8 volumes e, depois de muito trabalho, ficou satisfeito com conclusão positiva. Foto: MANOEL MESSIAS/Agência

Polícia Civil descobre que empresa ganhou licitação usando certificado inexistente

ANDRADINA – A Polícia Civil, através do 1º DP (Distrito Policial), a pedido do Ministério Público Estadual, concluiu um inquérito que apurava o uso de documento inexistente de uma empresa de laticínio de Dracena fornecedora de leite homogeneizado para a Penitenciária de Andradina. Segundo o delegado do 1º DP, Tadeu Aparecido Carvalho Coelho, o número do certificado fornecido pela empresa não existe junto da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento. O inquérito será remetido agora ao Ministério Público para as providências cabíveis.

O delegado informou para a reportagem que começou a investigar o caso depois de receber do Ministério Público a incumbência de analisar possíveis irregularidades, mesmo tendo a promotora decidido pelo arquivamento do processo, já que tinha ouvido várias partes envolvidas após a empresa perdedora da licitação para fornecimento de leite para a Penitenciária de Andradina, entrar com recurso para que a mesma fosse embargada.

Porém, por um período, ano de 2017, a empresa de Dracena forneceu leite homogeneizado aos mais de 1,2 mil presos de Andradina em um contrato lucrativo, com valor mensal considerável. Em uma apuração de órgãos governamentais, o contrato acabou sendo rompido por suspeita de uso irregular de certificado junto da Secretaria da Saúde. 

O Ministério Público foi acionado, porém não havia detectado nada de irregular a princípio, optando até pelo arquivamento do processo. Porém, como é praxe nos casos envolvendo órgãos públicos, quase que automaticamente, solicitou que a Polícia Civil apurasse possíveis irregularidades e foi o que acabou acontecendo: foi localizado um documento no meio do processo licitatório que nem existe legalmente, caracterizante uma falsidade ideológica, como disse o delegado Tadeu.

O delegado salientou que essa mesma empresa fornece o mesmo tipo de material para outras penitenciárias do Estado de São Paulo e cada município deve efetuar uma investigação.

MIL NOTICIAS/Agência

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