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Justiça converte prisão de ex-prefeito suspeito de desvio de R$ 23 milhões em preventiva, mas autoriza cumprimento domiciliar

Maurílio é suspeito de participar de um esquema que teria desviado R$ 23 milhões da prefeitura de Maracaju, entre 2019 e 2020.

MARACAJU/MS – O juiz em substituição na 2ª Vara de Maracaju, Marco Antonio Montagnana Morais, converteu na segunda-feira (28), a prisão temporária do ex-prefeito da cidade, Maurílio Ferreira Azambuja, em prisão preventiva, mas autorizou, por conta da idade do suspeito, 73 anos, e de sua condição de saúde (ter comorbidades), que ele cumprisse a medida em regime domiciliar, sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.

maracaju_dracoMaurílio é suspeito de participar de um esquema que teria desviado R$ 23 milhões da prefeitura de Maracaju, entre 2019 e 2020. O suposto desvio foi investigado na operação Dark Money, deflagrada pelo Dracco, no dia 22 de setembro. Com mandado de prisão temporária expedido pela Justiça, o ex-prefeito se apresentou a Polícia Civil, em Campo Grande somente na sexta-feira (dia 24). Desde então, permaneceu preso na 3ª Delegacia de Polícia Civil.

Na decisão, o juiz autoriza que o ex-prefeito saia de casa, em Maracaju, somente para tratamento médico e após ter comunicado oficialmente a Justiça e determina que o suspeito tenha contato somente com sua família e com seu advogado, Rodrigo Dalpiaz. A proibição do contato direto ou indireto com outros suspeitos do caso envolve também o uso de telefone e de aplicativos de mensagens.

O desvio

Segundo apurado pelo Dracco, com informações do Laboratório de Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), foi criada no município uma conta bancária de fachada, por onde eram feitos pagamentos em cheques por integrantes do alto escalão da prefeitura a empresas.

As empresas beneficiadas não mantinham relação jurídica com o município e não havia emissão de notas fiscais. Além disso, os valores não eram submetidos a empenho de despesas pela prefeitura. Em menos de 1 ano foram feitos, de acordo com o Draco, mais de 150 repasses e emitidos 600 cheques que totalizaram R$ 23 milhões.

O advogado de Maurílio disse ao G1 que fara declarações sobre as acusações quando a ação penal começar a tramitar, porque estará delimitada a imputação do seu cliente.

Fonte: G1 MS

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