Celise Domingues e Garcia Borges Neto: rapaz foi preso pela morte da companheira, em Piracicaba — Foto: Reprodução/ Redes sociais.

Vítima de feminicídio em Piracicaba foi atacada após sugerir a internação do companheiro

Segundo a polícia, ela cogitou a medida por causa do comportamento agressivo dele, que também confessou ter sido motivado por ciúmes.

PIRACICABA/SP – A mulher de 32 anos morta com golpes de marreta, na manhã desta quinta-feira (24), em Piracicaba (SP), sugeriu a internação do companheiro antes de ser vítima do crime. Ele foi preso pelo feminicídio e, segundo a Polícia Civil, também agiu por ciúmes e teria planejado a ação.

Celise Domingues e Garcia Borges Neto: rapaz foi preso pela morte da companheira, em Piracicaba — Foto: Reprodução/ Redes sociais.

Celise Domingues e Garcia Borges Neto: rapaz foi preso pela morte da companheira, em Piracicaba — Foto: Reprodução/ Redes sociais.

O casal estava junto há seis anos. Celise Valentina Domingues, de 32 anos, era mãe de dois meninos, de 1 e 3 anos. Além da mãe da vítima, os meninos também estavam em casa quando o casal começou a discutir, depois do café da manhã. Segundo a polícia, a briga começou quando a mulher sugeriu internar o marido.

Para a delegada responsável pelo caso, Olívia dos Santos Fonseca, foi um crime de ódio. “Ele me relatou que já estava tendo alguns problemas de ciúmes, que o relacionamento não estava bom nesse sentido, e que então ele teve tempo de parar, pensar, foi até outro cômodo da casa, pegou a marreta, voltou com essa marreta na mão, falou para ela que não ia ser internado compulsoriamente, e quando ela virou ele desferiu um golpe que pegou a lateral da cabeça. A vítima já caiu no chão neste momento e ele se ajoelhou e continuou golpeando principalmente o rosto dela”, detalhou.

A mãe de Celise afirmou que não deu tempo de tentar ajudar a filha. “Simplesmente chegou por trás dela e deu na cabeça dela”, contou.

Os vizinhos chamaram a Polícia Militar. Garcia de Oliveira Borges Neto, de 28 anos, foi preso em flagrante. A marreta de cinco quilos usada no crime foi apreendida. As crianças foram levadas para a casa de uma vizinha, que contou que já tinha percebido algo de diferente no comportamento do agressor:

“Ele falou que estava perturbado, ouvindo vozes, desesperado. Ele falou: ‘Não estou conseguindo ficar bem, preciso tomar um remédio’. Eu falei: ‘Eu levo você no médico’. Aí ele falou: ‘Não, preciso que um pastor venha aqui orar por mim'”, relatou ela.

Garcia foi indiciado por feminicídio com motivação cruel. A delegada acredita que ele tenha planejado o crime. “Essa marreta mesmo, ele por várias vezes na semana passada trouxe de outro cômodo, deixou do lado da vítima, depois guardou de novo, o que indica que ele só estava esperando o momento certo para praticar o crime”.

Nesta sexta-feira, um juiz decide se Garcia vai continuar preso. Os dois filhos pequenos que teve com a companheira vão ficar sob a guarda da avó materna.

G1

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