Água do córrego Caputera, em Itaquaquecetuba, amanheceu roxa e impressionou moradores. — Foto: Adriana Aparecida Santos/Arquivo Pessoal.

Cetesb e Prefeitura ainda tentam descobrir de onde sai produto que deixou água de córrego roxa em Itaquaquecetuba

No sábado (29), a coloração da água e mau-cheiro do Córrego Caputera assustaram moradores. Nesta segunda, a Cetesb esteve no local; água já havia mudado de tom e estava preta.

ITAQUAQUECETUBA/SP A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a Defesa Civil e a Fiscalização de Posturas e Meio Ambiente da Prefeitura de Itaquaquecetuba trabalham para descobrir a origem do produto que deixou a água do Córrego Caputera roxa no último sábado (29). Os moradores da Vila Japão ficaram assustados com a coloração e com o mau-cheiro.

Água do córrego Caputera, em Itaquaquecetuba, amanheceu roxa e impressionou moradores. — Foto: Adriana Aparecida Santos/Arquivo Pessoal.

Água do córrego Caputera, em Itaquaquecetuba, amanheceu roxa e impressionou moradores. — Foto: Adriana Aparecida Santos/Arquivo Pessoal.

Nesta segunda-feira (1), a situação no local era diferente. A água estava preta, mas ainda com um tom arroxeado. A Cetesb enviou nota informando que “realizou nova vistoria no local nesta segunda-feira (01) e continuará as ações de fiscalizações para identificar a fonte de lançamento de efluentes.”

Já a Prefeitura afirma que varreduras estão sendo feitas para descobrir qual empresa despejou o material no rio e disse que vai tomar as medidas necessárias.

Pesquisadores da Universidade Municipal de São Caetano do Sul estiveram no local recolhendo amostras da água e analisando a situação do córrego. “O odor é característico de esgoto não tratado e de substâncias químicas. Nós vamos investigar quais são elas e, uma vez que a gente faça essa investigação, daqui uma semana estaremos com o laudo pronto e vamos entregar para as autoridades”, afirma a professora e pesquisadora Marta Marcondes.

A mudança de cor

Os moradores acreditam que, aos finais de semana, alguma empresa da região faça o descarte de composto químico na água, mas foi a primeira vez que ocorreu com tanta intensidade.

Há 40 anos, a enfermeira Jandira Vieira Fernandes mora próximo ao córrego Caputera. Ela conta que, há pelo menos cinco anos, aos finais de semana, há manchas na água e um cheiro de produto químico. No entanto, neste sábado a situação intensificou.

“O cheiro está tão gritante, irritante, que a gente buscou a ajuda de uma vereadora. Ela foi atrás de onde estavam sendo jogados os dejetos, mas não encontrou. A cor da água nunca tinha ficado tão forte, e esse cheiro de amônia que prejudica demais a gente. Quem tem problema respiratório aqui sofre com essa situação”, conta a moradora.

A moradora acredita ainda que o despejo do material no córrego ocorra sempre aos finais de semana ou só após às 19h nos dias de semana porque os órgãos de fiscalização já encerraram o expediente.

“Antes tínhamos peixes aqui. Era possível ver vários deles nadando, agora o córrego já morreu. A gente teme muito pela nossa saúde e também pela do meio ambiente”, ressalta a enfermeira.

G1

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