Karolina Martins Pandolfi, de 22 anos, morreu após bater em cavalo em Franca, SP (Foto: Reprodução/EPTV).

Família de jovem morta ao bater em cavalo solto na pista cobra investigação da polícia em Franca, SP

Karolina Pandolfi, de 22 anos, morreu em 23 de junho, após atingir animal na Rodovia Ronan Rocha. Secretaria de Segurança Pública alega que investigadores tentam identificar proprietário.

FRANCA/SP – Dez dias após a morte da atendente Karolina Martins Pandolfi, de 22 anos, a Polícia Civil ainda não identificou o dono do cavalo que atingiu a moto da jovem em Franca (SP). Tia da vítima, a vendedora Eliana Pandolfi diz que nenhum familiar foi procurado pelos investigadores e cobra uma solução para o caso.

Karolina Martins Pandolfi, de 22 anos, morreu após bater em cavalo em Franca, SP (Foto: Reprodução/EPTV).

Karolina Martins Pandolfi, de 22 anos, morreu após bater em cavalo em Franca, SP (Foto: Reprodução/EPTV).

“Não falaram nada para nós. Só fizeram o que tinham que fazer no dia e depois não falaram mais nada. A vida do meu irmão é só chorar. Ela e minha cunhada só ficam em casa. Minha cunhada ainda está muito mal, meu irmão não consegue seguir em frente”, desabafa.

Karolina morreu na noite de 23 de junho, quando seguia de moto até a casa de uma amiga, por volta de 22h. O veículo bateu em um cavalo, que invadiu a Rodovia Ronan Rocha (SP-345), próximo ao quilômetro 32. A atendente e o animal morreram na pista.

Procurada pelo G1, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que o caso está sendo investigado pelo 4º Distrito Policial, mas confirmou que ainda não foi instaurado inquérito porque o proprietário do animal ainda não foi identificado.

“Pelo que a gente viu, o cavalo é de alguém que mora ali perto, porque era muito bem cuidado, não era um animal desleixado. Alguém soltou o cavalo para comer mato e largou solto. Agora, ninguém quer se responsabilizar”, afirma a tia.

Eliana conta que no dia seguinte ao acidente, familiares de Karolina foram até a rodovia, mas nenhum morador da região soube – ou quis – apontar o dono do cavalo. Policiais rodoviários que atenderam a ocorrência também fizeram diligências, mas nada foi descoberto.

“No dia em que fomos, uma vizinha disse que sempre tem cavalo solto naquela região. Mais para frente de onde aconteceu o acidente, tinha uma cerca arrebentada. Ela disse que muita gente já reclamou disso, mas não consertam. Pelo jeito, o cavalo saiu dali”, relata.

Ainda segundo Eliana, a cunhada e o irmão, pais de Karolina, pediram férias nos respectivos empregos e não saem de casa desde a noite do acidente. Ele é caminhoneiro e mãe da jovem, atendente em um supermercado.

“Fomos pegos de surpresa, ninguém está conseguindo assimilar como esse cavalo apareceu na rodovia. Nós tentamos ir lá para procurar, mas ninguém quis falar nada. A polícia passou por lá, não conseguiu nada. Ninguém quer falar nada” ,diz.

Investigação

Em nota, a SSP informou que a equipe do 4º Distrito Policial de Franca realiza diligências para identificar o dono do cavalo. Entretanto, não há inquérito instaurado sobre o caso, apenas o boletim de ocorrência do acidente, registrado como homicídio culposo.

Ainda de acordo com a SSP, apesar de ter ficado constatado que o animal estava solto na rodovia e seguia na contramão, no dia do acidente, é precoce afirmar que o proprietário responderá por crime de homicídio.

G1

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