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Mineira é primeira mulher mecânica de manutenção da Usina Jupiá

Aos 24 anos, ela conta como é trabalhar numa empresa que seleciona por capacidade, e não por gênero

Em um momento em que as discussões sobre gênero estão em forte evidência, a mineira Geicielle Aparecida Vaz não se intimida diante do preconceito. Aos 24 anos, a primeira mulher a atuar como técnica de manutenção mecânica da usina hidrelétrica de Jupiá – uma das principais usinas brasileiras operada pela CTG Brasil, no Rio Paraná –, escolheu um espaço profissional predominantemente masculino no setor elétrico. Disputar o atual cargo com um grupo formado por homens e conquistar a única vaga é uma vitória que contribuiu para reduzir as fronteiras profissionais entre mulheres e homens.

“Quando fui selecionada fiquei muito feliz por saber que a empresa em que eu trabalho, a CTG Brasil, não vê o gênero e seleciona quem está mais preparado”, comenta. Sobre o trabalho com a equipe masculina, ela é enfática: “Não sofro nenhum tipo de discriminação. Pelo contrário, todos fazem questão de me ensinar, tirar minhas dúvidas, me incentivar”.

De acordo com a diretora de Recursos Humanos da CTG Brasil, Geisa Angeli, essa atitude da equipe está alinhada com a postura corporativa de equidade entre os gêneros. “Temos mulheres em todos os níveis hierárquicos. Estamos interessados em reconhecer e desenvolver talentos, independentemente de gênero, e em trazer a diversidade criativa para dentro da empresa”, expõe.

Para comprovar a afirmação de Geisa, a companhia acaba de contratar outra jovem como técnica de manutenção mecânica em Jupiá. Karini Rosseti, técnica em eletrônica, foi selecionada por meio do Programa Nova Geração, que buscou jovens profissionais para a área de Manutenção, e assumiu as atividades na usina em meados de fevereiro.

EDUCAÇÃO

Vencer na vida pela educação foi o conselho da mãe de Geicielle, uma dona de casa, às duas filhas. Ao invés do trabalho na lavoura, com o pai agricultor, as meninas então se dedicaram aos estudos. “Minha mãe sempre disse que eu poderia ser o que quisesse, desde que estudasse pra isso”, lembra a jovem, que munida de diploma, encarou os desafios.

Formada nos cursos técnicos e Mecânica e Eletrotécnica, Geicielle iniciou a carreira no setor elétrico como estagiária na UHE Estreito (MG). Depois foi contratada pela hidrelétrica Salto (GO), também operada pela CTG Brasil, e hoje, está em Jupiá. “Sou muito realizada por ser a primeira mecânica mulher da usina. Não me imagino fazendo outra coisa que não trabalhar em hidrelétrica, e espero construir uma carreira sólida em Jupiá”, diz Geicielle, cujos planos agora são iniciar, no segundo semestre deste ano, a faculdade de Engenharia Mecânica.

Pauta Comunicação

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