Patrícia Santos Damas Lopes Ribeiro, de 31 anos, foi morta pelo companheiro durante visita intima no domingo, 13.. Foto: Reprodução/Facebook

Detento mata esposa enforcada durante visita na P1 de Mirandópolis

Caso aconteceu no domingo (13), em Mirandópolis (SP). Wellys Lopes Ribeiro confessou ter usado uma corda confeccionada artesanalmente para enforcar Patrícia Santos Damas Lopes Ribeiro.

MIRANDÓPOLIS – O detento Wellys Lopes Ribeiro, de 35 anos, assassinou na tarde de domingo (13), sua esposa Patrícia Santos Damas Lopes Ribeiro, de 31 anos, por enforcamento durante visita íntima na Penitenciária I “Nestor Canoa”, em Mirandópolis. Ele utilizou uma corda confeccionada artesanalmente para cometer o assassinato. Ele foi separado dos demais e indiciado pelo crime de feminicídio. Os dois eram casados já 10 anos.

De acordo com o boletim de ocorrência, Wellys Lopes Ribeiro, de 35 anos, confessou ter usado uma corda confeccionada artesanalmente para amarrar e enforcar Patrícia Santos Damas Lopes Ribeiro, de 31 anos.

A mulher era moradora do Conjunto Habitacional Dom Pedro II, em São José dos Campos (SP) e veio para a visita íntima com o marido que está preso na unidade penal em Mirandópolis.
Ela deu entrada no presídio às 8h50 deste domingo (14) e foi morta dentro da cela às 13h segundo apurado pela Polícia Civil.

O crime foi descoberto somente quando a visita íntima chegou ao fim, quando o próprio detento chamou os agentes penitenciários e avisou sobre o assassinato. O corpo ficou dentro de uma cela das 13h às 15h. A vítima também teve os cabelos raspados pelo acusado.

Ainda conforme o registro policial, Wellys Lopes relatou que matou Patrícia Santos porque estava sendo traído. Ele está preso por tráfico de drogas e responderá por feminicídio. A Polícia Civil segue investigando o caso.

O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Andradina. Os familiares da mulher foram avisados sobre o crime, que devem providenciar o traslado do corpo para a cidade de origem dela.

Não é possível relacionar os crimes cometidos em Venceslau e em Mirandópolis, mas o fato de ambos os autores terem utilizado do mesmo recurso para causar o óbito – enforcamento – causa preocupação mediante uma possível escalada de violência nas unidades.

Qualificadoras
Diante das informações, o delegado decidiu pela prisão em flagrante do acusado por feminicídio qualificado pelo motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
“O feminicídio resta configurado, vez que ficou evidente o menosprezo pela vítima e sua condição de mulher, haja vista ter o autor ceifado a vida da vítima por que em sua concepção, ela teria traído sua confiança, e que a mesma deveria seguir suas regras, como se fosse um mero objeto a sua disposição”, cita no despacho.
Quanto ao motivo torpe, o delegado justifica que o crime foi motivado por ciúmes, pois o acusado acreditava que por a vítima ter “saído” com outros homens, ele teria o direito de atentar contra a vida dela, valendo-se ainda de meios cruéis, “vez que antes de matá-la, ainda a humilhou e a torturou psicologicamente, cortando seus cabelos, com tesoura e giletes”.
Por fim, Patrícia não teve chances de esboçar defesa, pois estava amarrada pelos punhos e teria sido colocada sentada ao chão da cela, enquanto sofrias “as agruras” da tortura física e psicológica que culminou com a sua morte.
Perplexidade
O delegado representou pela conversão da prisão em preventiva e após ser ouvido, o sentenciado permaneceu no presídio, onde aguardará julgamento. Ele argumentou que o caso provocou extrema perplexidade, devido aos requintes de crueldade por parte do autor.
“O fato abala sobremaneira a comunidade feminina, vez que praticado contra mulher, que teve sua vida ceifada pelo simples fato de sua condição, que fora subjugada pelo indiciado, acreditando ele que ela fosse sua posse, um mero objeto, a qual teria que viver e seguir suas regras”, cita.
Barroca acrescentou que o acusado fez questão de humilhar e torturar física e psicologicamente a companheira dele no leito de morte, cortando seus cabelos.
Grave
De acordo com o delegado, o crime abala sobremaneira a comunidade local, por se tratar de uma pacata cidade interiorana.
Abala também o próprio sistema prisional, pois o corpo da vítima teria ficado na cela por um período de duas horas, até que fossem retirados todos os visitantes da unidade prisional, pois do contrário causaria tumulto e possível revolta da comunidade carcerária e visitantes.  (com informações do Hoje+ Araçatuba).

OUTRO CASO

No último dia 13 de fevereiro, na Penitenciária II de Presidente Venceslau, região de Presidente Prudente, outro sentenciado, além de enforcar a mulher, ainda a atirou no pátio da unidade, do piso superior. De acordo com os policiais penais que atenderam a ocorrência, o detento confessou o crime. Ele ainda teria raspado a cabeça da mulher antes de matá-la. A Polícia Civil foi acionada pelos servidores, que permaneceram à disposição durante todo o registro do caso e prestaram depoimento.

Um delegado também ouviu pessoalmente o sentenciado e seus colegas de cela para tentar entender o motivo do homicídio. O preso já está afastado do convívio com os demais. (com informações do SIFUSPESP)

MIL NOTICIAS/Agência

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