ANDRADINA – O comerciante J. G. S., de 36 anos, foi preso pela Polícia Civil na tarde da última sexta-feira, 28, depois de concluído um inquérito em que ele é acusado de estuprar sua filha de apenas 12 anos. Exames clínicos comprovaram o ato e foi requerido à justiça a prisão do comerciante. Ele foi capturado por policiaid da DDM – Delegacia de Defesa da Mulher sem oferecer resistência e encaminhado para aquela Delegacia especializada, tomando ciência do Mando de Prisão contra ele e recolhido à cadeia de Pereira Barreto, à disposição da Justiça.
A investigação começou quando a equipe da DDM, através da mãe da menina, tomou conhecimento que o pai da criança vinha praticando atos libidinosos desde outubro do ano passado, como passar a mão pelo corpo da menina, entrar no quarto dela na ausência da mãe quando a mulher saía para cumprir obrigações. Além da filha, o casal tem mais dois meninos menores.
A investigadora Adriana passou então a manter contato com a mãe da criança e a mulher revelou mesmo a mudança de comportamento da filha, mas jamais imaginou que ela estivesse sendo abusada pelo pai e sim devido ela entrar na fase de puberdade tivesse alterado seu humor.
Depois de uma investigação mais profunda, a Polícia Civil descobriu que a mulher precisou viajar tempos atrás, deixando as 3 crianças com o pai, ocasião em que ele acabou praticando o estupro contra a filha de 12 anos.
Depois dos abusos sexuais praticados por seu pai, a menina entrou em estado de depressão e ainda acabou se mutilando por mais de uma vez. Timidamente a menina conseguiu contar em para a mãe o que estava acontecendo, tendo a mulher procurado a Polícia Civil e delatado o companheiro.
Durante o cumprimento do MP, as crianças foram tiradas da casa para não ficarem traumatizadas com a prisão do pai, já que elas, principalmente os dois menores, não tem noção do que está acontecendo com seu pai.
PAIS, PRESTEM ATENÇÃO NOS SEUS FLHOS
Diante dessa situação, onde o estuprador é o responsável pela criança, todos devem ficar atentos para os sinais que as vítimas passam.
Abaixo 10 dicas para identificar possíveis sinais de abuso sexual infanto-juvenil:
- Mudanças de comportamento
O primeiro sinal é uma possível mudança no padrão de comportamento da criança, como alterações de humor entre retraimento e extroversão, agressividade repentina, vergonha excessiva, medo ou pânico. Essa alteração costuma ocorrer de maneira imediata e inesperada. Em algumas situações a mudança de comportamento é em relação a uma pessoa ou a uma atividade em específico.
- Proximidades excessivas
A violência costuma ser praticada por pessoas da família ou próximas da família na maioria dos casos. O abusador muitas vezes manipula emocionalmente a criança, que não percebe estar sendo vítima e, com isso, costuma ganhar a confiança fazendo com que ela se cale.
- Comportamentos infantis repentinos
É importante observar as características de relacionamento social da criança. Se o jovem voltar a ter comportamentos infantis, os quais já abandonou anteriormente, é um indicativo de que algo esteja errado. A criança e o adolescente sempre avisam, mas na maioria das vezes não de forma verbal.
- Silêncio predominante
Para manter a vítima em silêncio, o abusador costuma fazer ameaças de violência física e mental, além de chantagens. É normal também que usem presentes, dinheiro ou outro tipo de material para construir uma boa relação com a vítima. É essencial explicar à criança que nenhum adulto ou criança mais velha deve manter segredos com ela que não possam ser compartilhados com pessoas de confiança, como o pai e a mãe, por exemplo.
- Mudanças de hábito súbitas
Uma criança vítima de violência, abuso ou exploração também apresenta alterações de hábito repentinas. O sono, falta de concentração, aparência descuidada, entre outros, são indicativos de que algo está errado.
- Comportamentos sexuais
Crianças que apresentam um interesse por questões sexuais ou que façam brincadeiras de cunho sexual e usam palavras ou desenhos que se referem às partes íntimas podem estar indicando uma situação de abuso.
- Traumatismos físicos
Os vestígios mais óbvios de violência sexual em menores de idade são questões físicas como marcas de agressão, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. Essas são as principais manifestações que podem ser usadas como provas à Justiça.
- Enfermidades psicossomáticas
Unidas aos traumatismos físicos, enfermidades psicossomáticas também podem ser sinais de abuso. São problemas de saúde, sem aparente causa clínica, como dor de cabeça, erupções na pele, vômitos e dificuldades digestivas, que na realidade têm fundo psicológico e emocional.
- Negligência
Muitas vezes, o abuso sexual vem acompanhado de outros tipos de maus tratos que a vítima sofre em casa, como a negligência. Uma criança que passa horas sem supervisão ou que não tem o apoio emocional da família estará em situação de maior vulnerabilidade.
- Frequência escolar
Observar queda injustificada na frequência escolar ou baixo rendimento causado por dificuldade de concentração e aprendizagem. Outro ponto a estar atento é a pouca participação em atividades escolares e a tendência de isolamento social. (fonte: childhoolbrasil)