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Advogado que tem união estável com duas mulheres é agredido a facadas por uma delas

CASTILHO – Recebeu alta da Santa Casa de Andradina, um advogado de 36 anos, que foi esfaqueado na madrugada do último dia 1, em Castilho (SP), durante briga com uma das companheiras dele, de 25 anos. Ele vive em união estável com duas mulheres. A mulher chegou a ser detida em flagrante delito por suposta tentativa de homicídio, mas o delegado plantonista da Seccional de Andradina, para onde o caso foi encaminhado, entendeu que ela agiu em legítima defesa para se livrar das agressões do companheiro, liberando-a ao final da ocorrência. A faca foi apreendida.

castilho_facada1A mulher informou aos policiais militares que atenderam a ocorrência que vive em união estável com o advogado, que também vive em união estável com outra mulher, identificada por ela apenas pelo primeiro nome.

Pelas informações, essa situação é legal e registrada em cartório, de acordo com a investigada, que tem dois filhos com o advogado, um de 1 e outro de 3 anos de idade.

PASSEIO EM FAMÍLIA

De acordo com a mulher detida, ela, o companheiro e a outra companheira dele saíram com as crianças no sábado, 29/02, para passar o dia em um balneário na cidade de Três Lagoas/MS, onde os adultos ingeriram bebida alcoólica.

Já na volta para casa, todos passaram por um bar em Andradina, ingerindo novamente bebida e terminou a recreação em outro bar, já na cidade de Castilho, por volta das 2h de domingo.

Ao deixarem o bar, o advogado passou na casa da companheira para deixá-la por lá. Ele não tem filhos com essa mulher;

Em seguida ele foi para a casa da mãe dos filhos dele e, por motivos alheiros e uma pitada de “ciúmes”, iniciaram uma áspera discussão e agressões mútuas. Durante a briga, a mãe dos filhos dele disse que deu um soco no companheiro, que por revide, passou a agredi-la. Foi nessas agressões que aconteceu a facada, pegada por ela na tentativa de se defender, já que ele é bem maior do que ela.

A Polícia Militar foi acionada depois que o advogado procurou socorro médico no hospital José Fortuna e, depois de estarem no pronto-socorro de Castilho e falaram rapidamente com o advogado, ele informou o que se passara. ele alegou que apenas se defendeu das agressões sofridas por parte da mãe dos filhos dele.

Devido a gravidade dos ferimentos, ele foi transferido para a Santa Casa de Andradina, onde foi operado onde passou por sutura do ferimento.

Legítima defesa

A investigada foi apresentada na Delegacia de Polícia de Andradina (Plantão da Seccional), onde repetiu a versão dada aos policiais militares anteriormente.

Ela informou que juntamente com a outra companheira do advogado ingeriram bebidas alcoólicas durante o passeio, mas que em momento algum elas discutiram. Porém, durante o dia que durou o passeio, essa outra mulher teria relatado que era agredida pelo companheiro, que pretendia deixá-lo e terminar a relação a três.

Segundo a mãe dos filhos do advogado, a discussão entre ela e ele se deu quando ela teria comentado com ele sobre a possibilidade de ele deixar a outra companheira.

Soco

A mulher confirmou ter agredido o companheiro com um soco, fazendo com que ele revidasse. Como os ânimos se alteraram, ela foi para a cozinha, onde teria sido novamente agredida com socos na cabeça e na nuca. Por ser menor do que o companheiro, ela armou-se com a faca e o golpeou na barriga uma única vez, na versão dada por ela.

Após ouvir o depoimento da mulher no plantão policial da Delegacia Seccional de Andradina, equipes de investigadores foram à Santa Casa para tentar ouvir o advogado. Porém, ele estava no Centro Cirúrgico e não pode dar a versão dele.

Os policiais civis estiveram na residência do casal e não encontraram marcas de sangue. A faca que teria sido utilizada pela mulher foi apreendida, mas também estava limpa.

Lesões leves

Um médico legista esteve no plantão policial e emitiu laudo provisório de lesão corporal leve na investigada, que apresentava marcas escuras nas pernas e nos braços, próximo à altura dos ombros.

Uma conselheira tutelar acompanhou o registro da ocorrência, até definir qual seria o destino dos filhos do casal.

Porém, ao analisar tudo o que foi apurado, o delegado plantonista considerou que a mulher apenas se defendeu das agressões sofridas por parte do companheiro. Assim, tendo ela agido em legítima defesa, foi liberada após o registro do boletim de ocorrência.

Os filhos do casal foram entregues a ela, que requereu à Justiça as medidas protetivas previstas na lei Maria da Penha, para que o companheiro se mantenha afastado assim que deixar o hospital. (com informações do Hoje Mais Araçatuba)

MIL NOTICIAS/Agência

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