Policial foi sequestrado quando chegava em casa, em Mogi das Cruzes — Foto: Reprodução/ TV Diário.

Começa em Suzano júri de quatro acusados de participar de sequestro, tortura e morte do PM de Lucca

Expectativa do TJ-SP é de que o júri dure até três dias. Ao menos 22 testemunhas devem ser ouvidas. Três dos quatro acusados do crime estão presos.

SUZANO/SP – O júri popular dos quatro homens acusados de sequestrar, torturar e matar o policial militar Rodrigo de Lucca, de 28 anos, em junho de 2014, começou às 14h no Fórum de Suzano. A vítima morava em Mogi das Cruzes e o corpo foi encontrado em Suzano. Os trabalhos começaram às 14h. A expectativa é de que o júri dure três dias.

Policial foi sequestrado quando chegava em casa, em Mogi das Cruzes — Foto: Reprodução/ TV Diário.

Policial foi sequestrado quando chegava em casa, em Mogi das Cruzes — Foto: Reprodução/ TV Diário.

O policial desapareceu no dia 20 de junho, quando chegava em casa, no Parque Monte Líbano, em Mogi. O corpo foi encontrado com marcas de tiros no dia 24 de junho em um terreno às margens da Rodovia Índio Tibiriça, em Suzano, só no dia 24.

São acusados Demerson Andrade de Carvalho, Deivis Willian da Silva, Antonio Monteiro da Silva Neto e Israel Xavier Candeas. Com exceção de Candeas, todos os outros estão presos pelo crime. Já Xavier, está preso por outro processo, segundo o TJ-SP.

Eles respondem por roubo qualificado (com grave ameaça e por terem agido em duas ou mais pessoas), extorsão, sequestro, homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, tortura ou meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima) e associação criminosa.

Ainda de acordo com o Tribunal de Justiça, 22 pessoas devem ser ouvidas, sendo 16 testemunhas em comum e seis testemunhas de defesa.

A sessão começou com a fala da mãe do policial. Até as 15h40, Vânia de Lucca respondeu aos questionamentos do juiz, promotor, assistente e advogados.

O caso

O policial militar Rodrigo de Lucca Fonseca desapareceu no dia 20 de junho de 2014. No dia seguinte, policiais que estavam em patrulhamento no Parque Maria Helena foram avisados por crianças do bairro sobre um carro caído em um córrego. Após a retirada da água, na madrugada de domingo, o veículo foi identificado como sendo o que o policial de Mogi estava quando foi sequestrado.

O corpo do policial foi encontrado com marcas de tiros no dia 24 de junho em um terreno às margens da antiga Estrada Índio Tibiriça, em Suzano.

De Lucca foi enterrado no dia seguinte. A polícia prendeu no mesmo dia o primeiro suspeito de participar do sequestro e morte do PM. Outros dois foram presos logo depois.

Defesa

Dário Resigner é advogado de Israel. Ele diz que o cliente se declara inocente desde o início do processo, inclusive o juiz entendeu que não há indícios da participação dele no crime. “Ele foi o único que não teve a prisão decretada, porque não existem provas”, afirma.

Deivis William é defendido pelo advogado Isaias Neves de Macedo. Ele informou ao G1 que ainda não iria se manifestar sobre o caso, porque precisaria falar com o cliente antes.

A reportagem não conseguiu contato com os advogados dos outros réus.

G1

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