Reunião contou com policiais civis de várias esferas, além dos delegados seccionais de Araçatuba e Andradina. Foto Marianna Oliveira

Região tem déficit de 30% de policiais civis

A região de Araçatuba tem um déficit de 30% de policiais civis. Dos 669 cargos de delegados, escrivães, investigadores, agentes de polícia, agentes de telecomunicação, papiloscopistas e auxiliares de papiloscopia previstos em lei para o Departamento de Polícia Judiciária de Araçatuba (Deinter 10), 203 estão vagos. Em Andradina, a situação não é diferente. Dos 206 cargos previstos, 63 não estão ocupados.

Os dados são do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp), que realizou na quarta-feira (3), um encontro com delegados do Departamento de Polícia Judiciária de Araçatuba (Deinter-10), para ouvir as demandas locais.

“É urgente a contratação de novos profissionais para equalizar essa defasagem que traz muitos prejuízos tanto para os policiais, que são submetidos a um ritmo desgastante de trabalho, quanto para a população, que muitas vezes não consegue um atendimento com uma qualidade ainda maior”, afirma a presidente do sindicato, Raquel Kobashi Gallinati.

O Deinter 10 é composto por duas delegacias seccionais (Araçatuba e Andradina), que compreendem 43 municípios e abrangem uma população de cerca de 800 mil habitantes.

Além do déficit nos quadros da instituição, o Sindpesp debateu problemas como a falta de coletes balísticos e de munições, que atinge todos os policiais civis do Estado; o trabalho que vem sendo feito para conseguir o reajuste salarial prometido pelo governador e as implicações que a Reforma da Previdência terá na vida dos integrantes da polícia judiciária.

A visita teve como objetivo, ainda, apresentar aos delegados as ações e atividades do sindicato, as negociações com o governo estadual nos últimos três anos e os futuros projetos em favor da classe.

A ação integra uma série de reuniões que o Sindicato fará em todas as regiões do Estado para mapear as condições de trabalho dos policiais.

“Ouvimos quais são os problemas mais sérios e cobramos uma resposta. Mostramos para a sociedade, por exemplo, que a demora na elaboração do boletim de ocorrência não é por maldade ou folga do policial, e sim porque o Estado não contrata pessoal suficiente para acelerar o atendimento nas delegacias”, explica Raquel.

Assessoria de Imprensa Sindpesp

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