Lucas Caldato foi morto por ciúmes. Foto: DIVULGAÇÃO

Justiça decreta prisão do segundo acusado na morte de Lucas Caldato

Acusado Cristiano Pavarino da Silva é considerado foragido pela Polícia Civil, que já realizou buscas em vários locais e não o localizou

ANDRADINA – A Justiça da Comarca de Andradina acatou requerimento da Polícia Civil e decretou a prisão do ajudante geral Cristiano Pavarino da Silva, 29 anos, residente na rua São Angelo, na Vila Botega, acusado de envolvimento do homicídio do jovem Lucas Gabriel Caldato Oviedo, de 23 anos, morto com 7 disparos de arma de fogo na tarde do dia 23 de abril deste ano, na estrada vicinal José Loverde, que dá acesso à penitenciária de Andradina. Segundo o delegado Tadeu Coelho Carvalho, do 1º DP, a prisão foi requerida à justiça por ele ser considerado foragido.

A Polícia Civil tentou fazer com que ele se apresentasse espontaneamente na presença de um advogado, mas depois de aguardar por isso, constatou que isso não aconteceria, então realizou diligências em possíveis lugares que ele poderia ser localizado, mas foram infrutíferas, por isso o delegado representou pela prisão preventiva de Pavarino.

AS INVESTIGAÇÕES

Segundo o delegado Tadeu, como o caso foi parcialmente esclarecido ainda no dia do crime, um domingo, 21 de abril, com a equipe de plantão com o delegado Marcelo Zompero e o investigador André, tendo chegado até uma moça identificada por “Paulinha Sorriso” como o pivô do crime, já que o homicida não aceitava o término do relacionamento com ela e, ao que tudo indica, Lucas acabou se envolvendo com ela e foi seguido no dia do crime.

Como o inquérito foi para o 1º DP, Tadeu e equipe continuaram a investigar a possível participação de um segundo suspeito no crime e, depois de ter acesso a imagens de câmeras de segurança, chegou até um Celta prata, com placa cuja proprietária é moradora da Vila Botega. O Celta foi observado em um percurso onde ocorreu o crime e tinha duas pessoas a bordo, uma delas era “Tatú”, que estava com um boné do time do São Paulo.

Depois de localiza-la, o delegado foi informado pela proprietária que estava com dengue e não utilizou o veículo naquele dia, mas seu irmão, no caso Cristiano Pavarino da Silva, tomou-o emprestado. Depois de solicitado a esclarecer onde esteve, Pavarin tentou criar um álibi dizendo que esteve o tempo todo, desde as 11h até a hora do jogo, às 16h, na casa de amigos, em um churrasco, mas esse álibi caiu por terra com a negativa de que ele estivesse por lá, só chegando próximo de 15h.

Mesmo assim, e depois de assistido por uma advogada, Pavarin foi solicitado a comparecer no 1º DP, onde prestou depoimento formal na presença de sua advogada e voltou a negar o envolvimento no homicídio de Lucas Caldato.

Mas o delegado Tadeu está convicto na participação dele junto com ‘Tatu’ no crime em que vitimou o vendedor e ele possivelmente estava dirigindo o GM Celta, perseguindo o rapaz que estava em um Titan 150cc, na cor preta, fechando sua trajetória e o passageiro do veículo atirou contra seu lado esquerdo.

O HOMICÍDIO

O homicídio, o segundo ocorrido na cidade de Andradina em menos de 48 horas naquele mês de abril, aconteceu porque o autor não aceitava o fim do relacionamento com sua ex-namorada A. P. S., e a ameaçava pessoalmente ou através de mensagens de whats app, conforme comprovado pela Polícia Civil no celular dela e da vítima. Eles estariam mantendo um relacionamento, que não era aceito pelo criminoso.

Segundo o apurado pela Polícia Civil ainda na tarde dos fatos, “Tatu”, seguiu Lucas que levava “Paulinha Sorriso” de motocicleta até a penitenciária de Andradina onde foi visitar o irmão preso acusado de roubo.

Depois da mulher entrar  naquela instituição prisional, Lucas retornava para o centro de Andradina pilotando a Titan 150cc, na cor preta, pela mesma referida estrada vicinal.

Quando já chegava próximo do entroncamento com a rua Guiomar Soares Andrade (a antiga estrada boiadeira), praticamente atrás do curtume Andradina, levou uma fechada de “Tatu”, que estava a bordo de um veículo GM Monza, na cor vinho (vermelho).

Assustado o rapaz parou a moto, momento em que “Tatu” sacou uma arma de fogo e disparou ainda de dentro do veículo contra o lado esquerdo do peito de Lucas. Mortalmente ferido, ele abandonou a moto e ainda correu por aproximadamente 10 metros, porém, devido ao grave ferimento, acabou caindo no asfalto.

Nesse momento “Tatú” desceu do veículo e efetuou pelo menos outros seis disparos contra a vítima (na clara intenção de execução), acertando-a outras três vezes no ombro esquerdo, duas no quadril, altura da bacia, dois na mão esquerda, talvez até em um movimento instintivo de defesa da vítima, totalizando sete disparos, incluindo o do lado esquerdo do tórax.

MIL NOTICIAS/Agência

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