Jovem de 22 anos, adolescentes de 15 e 16 anos e uma amiga que não estava no momento da queda em foto divulgada pela Polícia Civil, do dia anterior, próximo ao ponto em que a ponte desabou (Foto: Divulgação/Polícia Civil).

Testemunhas da queda de jovens ao tirar selfie dizem que área era de livre acesso

Empresa responsável por ferrovia emitiu nota alegando que local era área proibida para a circulação de pessoas não autorizadas. Jovens ainda não foram ouvidas.

CASTELO DO PIAUÍ/PI  A Polícia Civil do Piauí ouviu nesta terça-feira (24) duas testemunhas da queda de três jovens ao tirar uma selfie de uma ponte ferroviária na localidade Xinguara, zona rural de Castelo do Piauí. Segundo a Polícia Civil, o local fica a uma altura de aproximadamente 10 metros e a queda das jovens foi amortecida pela vegetação. As testemunhas confirmaram a localização das vítimas no momento da queda e que o local tem muitas visitas.

Jovem de 22 anos, adolescentes de 15 e 16 anos e uma amiga que não estava no momento da queda em foto divulgada pela Polícia Civil, do dia anterior, próximo ao ponto em que a ponte desabou (Foto: Divulgação/Polícia Civil).

Jovem de 22 anos, adolescentes de 15 e 16 anos e uma amiga que não estava no momento da queda em foto divulgada pela Polícia Civil, do dia anterior, próximo ao ponto em que a ponte desabou (Foto: Divulgação/Polícia Civil).

A ponte ferroviária de onde as jovens caíram é localizada sobre o rio Cais, que divide Castelo do Piauí e Buriti dos Montes, e a pista não possui saída lateral, apenas plataformas que os moradores chamam de “orelhas”. Na plataforma que desabou, as jovens contaram que as pessoas se abrigam quando o trem passa na ferrovia.

Adolescente de 15 anos agradeceu populares que a socorreram (Foto: Catarina Costa/G1 PI).

Adolescente de 15 anos agradeceu populares que a socorreram (Foto: Catarina Costa/G1 PI).

O delegado questionou a empresa a respeito do acesso das pessoas ao local, já que em nota a Transnordestina informou que era uma área de acesso proibido. “Solicitei informações para a empresa pela manutenção da ferrovia sobre isso”, destacou Francírio Queiroz .

De acordo com a nota da Transnordestina a ponte é de uso exclusivamente ferroviário e a circulação de pessoas não autorizadas é proibida no local. O G1 procurou a empresa e aguarda posicionamento.

Segundo o delegado Francírio Queiroz, até o momento foram ouvidas duas pessoas que estavam no local. “Elas confirmaram que as jovens estavam em uma estrutura na parte externa da ponte e esta desabou. Agora estamos aguardando elas receberam alta para prestar depoimento”, disse o delegado.

De acordo com o delegado, o local não possui outros registros de acidentes e costuma ser bastante visitado. “A informação que tivemos é que é muito comum o acesso de pessoas ao local para fazer fotografias, principalmente no período chuvoso que tem as cheias do rio, mas não há histórico de acidentes no local”, finalizou.

Queda deve ser caracterizada como acidente, diz delegado

Francírio Queiroz informou ainda que a apuração em torno do ocorrido continua, mas que deve ser caracterizada como acidente. “Acredito que se trata de uma questão de acidente que deve ser resolvida na esfera cível mesmo”, pontuou.

Em contato com a empresa, o delegado informou que aguarda ainda um parecer técnico sobre a situação da ponte. “A própria empresa responsável pela ferrovia enviou uma equipe ao local para fazer o levantamento da ponte. Eles nos informaram que vão mandar uma equipe de engenharia para fazer um parecer técnico a respeito da estrutura da ponte”, comentou.

Um das jovens contou ao G1 que percebeu e alertou as amigas que a estrutura da lateral da ponte estava rachada. Valéria Alves Ferreira, 22 anos, disse que mesmo com as rachaduras elas decidiram ficar no local para tirar uma selfie, antes da queda que ocorreu no domingo (22).

Oito pessoas estavam no local, fazendo fotos, mas apenas três caíram. Elas receberam o primeiro atendimento ainda no Hospital regional de Castelo do Piauí e foram encaminhadas de ambulância durante a noite para o Hospital de Urgência de Teresina, a 190 km de distância.

Valéria Ferreira e uma amiga, de 15 anos, tiveram fraturas nas pernas. Elas passaram por uma cirurgia e estão conscientes. A terceira vítima, de 16 anos, teve fratura perto do calcanhar esquerdo.

G1

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