Yulia Skripal, filha do ex-espião russo Sergei Skripal (Foto: Yulia Skripal/Facebook via AP, File).

‘Me sinto cada dia melhor’, diz filha de ex-espião russo envenenada na Inglaterra

Essa foi a primeira vez que ela se manifestou desde a sua hospitalização em 4 de março. Ela e o pai foram internados após ter contato com uma substância tóxica, em Salisbury.

Yulia Skripal, envenenada com seu pai, o ex-espião russo Serguei Skripal, afirmou nesta quinta-feira (5) que se sente cada dia melhor.

Yulia Skripal, filha do ex-espião russo Sergei Skripal (Foto: Yulia Skripal/Facebook via AP, File).

Yulia Skripal, filha do ex-espião russo Sergei Skripal (Foto: Yulia Skripal/Facebook via AP, File).

Essa foi a primeira vez que ela se manifestou desde a sua hospitalização em 4 de março, quando foi internada após ter contato com uma substância tóxica, em Salisbury, na Inglaterra.

“Eu acordei há mais de uma semana e estou feliz em poder dizer que me sinto cada dia melhor”, declarou a mulher de 33 anos, citada em um comunicado da polícia.

“Tenho certeza de que vocês entendem que todo esse episódio é um tanto desorientador, e espero que vocês respeitem minha privacidade e a da minha família durante o período de recuperação”, declarou.

O hospital onde estão internados os Skripal indicou que Yulia “melhora rapidamente” e que “já não se encontra em estado crítico”, enquanto que a condição de seu pai é “estável”.

Gravação na TV russa

Nesta quinta, a televisão russa difundiu uma gravação em que se ouviria Yulia Skripal dizendo que logo deixará o hospital.

O apresentador do programa “60 minutos”, do canal russo Rossiya 1, indicou ter recebido a gravação da parte de Viktoria Skripal, prima de Yulia, mas que não estava em condições de confirmar sua autenticidade.

Na breve conversa, a filha do ex-espião diz a sua prima que “a saúde todos é normal”. “Tudo está bem, tudo pode ser solucionado, estamos vivos e nos restabelecendo”, afirma a voz, supostamente de Yulia. Ela afirma que Serguei “está descansando, durmindo”.

Na conversa, Viktoria Skripal, que reside na Rússia, diz à prima que pediu um visto para poder visitá-la no hospital de Salisbury, onde está internada. “Vika, ninguém vai te dar um visto”, diz a voz de Yulia. “Você sabe como é a situação atualmente. Veremos isso depois”, acrescenta.

Envenenamento e a crise diplomática

O incidente envolvendo Yulia e o pai desencadeu uma crise diplomática do Reino Unido com a Rússia, que depois se ampliou para outros países.

O governo britânico considerou Moscou responsável pelo envenenamento e determinou a expulsão de 23 diplomatas russos – medida que foi seguida posteriormente pelos EUA e uma série de países europeus. A Rússia revidou. Nesta quinta, diplomatas americanos deixaram a embaixada dos Estados Unidos em Moscou.

A onda de expulsões cruzadas dos países ocidentais e da Rússia, que começou em 14 de março, já atinge 300 diplomatas.

Na terça-feira (3), o chefe do laboratório militar britânico de Porton Down, Gary Aitkenhead, afirmou que não foi possível determinar que o agente neurotóxico usado no envenenamento proceda da Rússia.

“Fomos capazes de identificar que se trata de Novichok, de identificar que foi um agente neurotóxico de tipo militar. Mas não identificamos sua origem exata”, afirmou em uma entrevista à Sky News nesta terça-feira (3).

G1

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