Imagem aproximada mostram a  faca serrilhada usada para golpear a vítima, que estava com uma tesoura. foto: MANOEL MESSIAS/Agência

Jovem morta com facada na coxa iria cortar cabelo da rival, dizem testemunhas

Punição de cortar o cabelo e muitas vezes deixar a mulher careca é feita nas pessoas acusadas de saírem com namorados ou maridos de outras pessoas, as chamadas “talaricas”.  

ANDRADINA – Aos poucos o caso da jovem Mayssa Melre Peres da Silva, de 19 anos, residente na rua Aquidauana, Vila Mineira, que morreu na tarde de quarta-feira (27), após pular o muro e invadir a casa de uma rival e foi assassinada com um golpe de faca na parte de trás da coxa, e não na altura da virilha como divulgado anteriormente, acertando a artéria femural, vai sendo esclarecido. Ela não entrou para matar a bebê da rival, de apenas 8 meses de vida, como disse a menor à imprensa. Ela iria cortar o cabelo dela como punição, segundo testemunhas ouvidas pela reportagem. O sepultamento de Mayssa acontece nesta quinta-feira (28), a partir das 16h, no cemitério São Sebastião.

Depois de toda a repercussão do caso em redes sociais e na sociedade andradinense, a reportagem do Mil Noticias começou a ouvir as pessoas que tinham mais informações sobre o caso e descobriu que a vítima fatal  foi até a casa da autora, uma adolescente de 16 anos, moradora na rua José Augusto de Carvalho, bairro Stella Maris, para cortar o cabelo dela, como punição por ela estar saindo com seu atual namorado, identificado pelo apelido de “Marquinho”, morador na Vila Botega. Ele é pai da bebê de 8 meses, filha da adolescente.

O ASSASSINATO

Quando Mayssa chegou ao local, acompanhada de uma ou duas primas, segundo informações, encontrou o portão principal da frente da casa fechado, tendo chamado algumas vezes. Como a adolescente não abriu o portão, ela decidiu pular o muro, retirando o par de sandálias que usava, usando o muro vizinho ( que é bem mais baixo), para pular o muro e invadir a casa da rival. As primas decidiram não acompanha-la já que o plano era ‘apenas’ cortar o cabelo da menor.

Uma testemunha também ouvida pela reportagem informou que esse “perrengue” entre as duas já dura uns dois anos, desde que “Marquinhos” começou a se relacionar com ambas. Quando as duas teriam ficado grávidas quase ao mesmo tempo, e Mayssa teria perdido o bebê, conforme informou a menor à reportagem, o clima de rivalidade piorou, tendo a menor enviado ao longo desses oito meses uma série de mensagens provocativas em redes sociais.

Diante de tantas provocações, Mayssa decidiu punir a rival cortando-lhe os cabelos, usando uma tesoura pequena típica punição que acontece com mulheres que saem com namorados ou maridos de outras mulheres e os casos são muito divulgados em redes sociais, principalmente Whats App.

 Quando Mayssa chegou na cozinha encontrou a menor no local e passaram a discutir. Com uma tesoura pequena na mão, flagrada nas fotos pela reportagem, ela tentou cortar o cabelo da adolescente e acabaram entrando em luta corporal. Vendo que levaria a pior, a menor puxou uma gaveta do armário de cozinha e retirou uma faca de pão (serrilhada) e desferiu um único golpe fatal na vítima.

Na tentativa de separar a briga, o padrasto da menor, que dormia minutos antes e foi acordado pela gritaria, acabou também sendo ferido no abdômen. Provavelmente a mesma faca serrilhada tenha provocado o ferimento. Ainda não se sabe como aconteceu o ferimento na perna da bebê de oito meses, filha da autora do homicídio.

O delegado do 2º DP ouviu todas as partes envolvidas: a adolescente de 16 anos, a mãe dela e o padrasto, também ferido na ocasião. Ele acabou liberando-a depois da elaboração do boletim de ocorrência de homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Ela seria ouvida em audiência nesta quinta-feira (16), na Vara da Infância e Juventude, no fórum local. O juiz decidiria seu destino.

O pai da bebê levou-a embora do pronto socorro depois dela receber atendimento médico e passar por sutura do ferimento na perna.

INVASÃO

Vale ressaltar que é crime o ato de invadir um imóvel para praticar qualquer tipo de delito, quer seja de qualquer tipo de natureza.  

 

MIL NOTICIAS/Agência

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