Bombeiros resgatam corpo de bebê encontrado morto no Lago Paranoá, em Brasília (Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)

Mãe de bebê encontrado no Lago Paranoá confessa que jogou filho na água

Segundo Polícia Civil, ela estava “atordoada” e confessou atirou filho da Ponte JK. Delegado pediu prisão preventiva; juiz acatou.

BRASÍLIA/DF – A mãe do bebê de 6 meses encontrado morto no Lago Paranoá no último domingo (9) chegou à Penitenciária Feminina (Colmeia), no Complexo Penitenciário da Papuda, por volta das 7h desta quinta-feira (13), segundo a Polícia Civil. Elizângela dos Santos Carvalho, de 36 anos, deve ficar em uma ala de segurança, separada das demais detentas.

Bombeiros resgatam corpo de bebê encontrado morto no Lago Paranoá, em Brasília (Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)

Bombeiros resgatam corpo de bebê encontrado morto no Lago Paranoá, em Brasília (Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)

Segundo o delegado responsável pela investigação, Plácido Arruda, a mulher confessou que foi até a Ponte JK e jogou o filho na água. O depoimento foi prestado à Polícia Civil nesta quarta-feira (12) na 10ª DP, no Lago Sul. O bebê foi enterrado às 10h30 desta quinta (13) no Cemitério do Gama.

O pedido de prisão preventiva foi aceito pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal por volta das 5h. De acordo com a Polícia Civil, o laudo da psicóloga que acompanhou a mulher durante o depoimento “não define o destino dela”. Elizângela ainda vai passar por exames e testes de sanidade mental.

“Se ela for diagnosticada com depressão pós-parto, pode ter a pena reduzida e receber alguma medida de tratamento.”

Segundo o delegado responsável pela investigação, Plácido Arruda, Elizângela confessou que foi até a Ponte JK e jogou o filho na água. O depoimento foi prestado à Polícia Civil na quarta-feira (12) na 10ª DP, no Lago Sul. O bebê foi enterrado às 10h30 desta quinta (13) no Cemitério do Gama.

Elizângela foi encontrada em cima de uma árvore no terreno de um partido político na QL 26, no Lago Sul, próximo à região onde o corpo da criança foi descoberto. Pelo menos duas testemunhas disseram que viram a mulher e a convenceram a descer da árvore antes de acionar a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros.

De acordo com a tenente da Polícia Militar que resgatou Elizângela, ela estava “atordoada”. Só soube dizer o primeiro nome e falou que não lembrava de mais nada. A mulher tinha apenas uma sacola com R$ 10 e um vale-transporte.

Os policiais que investigam o crime consideram a possibilidade de que ela tenha passado o fim de semana na região, vagando próximo à orla do lago. De acordo com o delegado Arruda, Elizângela foi vista com o filho pela última vez no sábado (8), quando saiu de casa, deixou o outro filho de 4 anos e mandou uma mensagem de celular para os familiares dizendo que faria uma viagem sem volta.

A hipótese de que Elizângela tenha algum tipo de transtorno mental ou esteja em depressão pós-parto ainda será analisada pela Polícia Civil. Caso fique atestado algum distúrbio, ela pode ser encaminhada à Ala de Tratamento Pisiquiátrico (ATP) na Colmeia, o único espaço do DF que recebe presos com “laudo médico de insanidade”, segundo a Secretaria de Segurança Pública.

A ala tem capacidade para 120 detentos. Atualmente, há 93 – sendo oito mulheres. Os homens ficam separados fisicamente, em outro bloco.

Entenda o caso

Elizângela dos Santos Carvalho mora em Santa Maria e saiu com o bebê de 6 meses e outro filho, de 4 anos, na sexta-feira (7). No dia seguinte, ela deixou o menino mais velho em casa e voltou a sair, apenas com o bebê. Segundo a polícia, ela mandou uma mensagem de celular para os familiares dizendo que faria uma viagem sem volta.

No domingo (9), por volta das 17h30, o corpo do bebê foi encontrado por um homem que andava de moto aquática próximo à Península dos Ministros, no Lago Sul. O menino estava com calça de moletom, regata e uma chupeta presa à camisa.

O corpo foi encaminhado ao IML para exames. Na terça (11), a Polícia Civil identificou o bebê a partir de uma denúncia de desaparecimento registrada por familiares. Ainda na terça, o G1 foi à casa da família e encontrou o menino de 4 anos, que estava sob os cuidados da avó paterna.

A avó não quis falar sobre o caso. Disse apenas que o filho – pai das crianças – estava no Plano Piloto e não tinha horário para voltar. Os bombeiros fizeram buscas no Lago Paranoá entre domingo e a quarta (12).

G1

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