Pouco antes das 3 da manhã desta quarta-feira (9), horário de Nova York, Donald Trump iniciou seu discurso de vitória afirmando que minutos antes recebera uma ligação da candidata derrotada Hillary Clinton
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Donald Trump surpreende e é eleito presidente dos EUA

Contrariando todas as previsões e com discurso explosivo, magnata republicano desbanca Hillary Clinton em eleição histórica

Pouco antes das 3 da manhã desta quarta-feira (9), horário de Nova York, Donald Trump iniciou seu discurso de vitória afirmando que minutos antes recebera uma ligação da candidata derrotada Hillary Clinton Foto: Getty Images

Pouco antes das 3 da manhã desta quarta-feira (9), horário de Nova York, Donald Trump iniciou seu discurso de vitória afirmando que minutos antes recebera uma ligação da candidata derrotada Hillary Clinton
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Com uma surpreendente vitória nas urnas, o republicano Donald Trump, 70 anos, foi eleito na madrugada desta quarta-feira (9) o 45° presidente dos Estados Unidos. O resultado contrariou projeções de renomados institutos de pesquisa e derrubou bolsas em todo o mundo.

Pouco antes das 3 da manhã, horário de Nova York, Trump iniciou seu discurso de vitória afirmando que minutos antes recebera uma ligação da candidata derrotada Hillary Clinton – que não discursou concedendo a derrota – para felicitá-lo pelo feito. Trump elogiou a adversária por ter “lutado muito” nesta campanha e disse que o país deve “agradecer a ela pelos serviços prestados ao país”.

Na tentativa de se aproximar dos eleitores democratas, o presidente eleito adotou um tom conciliador: “agora é hora de a América permanecer unida – republicanos, democratas, independentes. Prometo a todo cidadão que serei presidente de todos os americanos, isso é muito importante para mim”, disse Trump, ao lado da esposa, Melania, dos filhos e do vice-presidente eleito, Mike Pence.

Trump disse ainda que sua campanha foi um “movimento incrível” de homens e mulheres em busca de “um futuro melhor para si e suas famílias”. E destacou: “este é um evento histórico, mas temos que fazer um bom trabalho”. “Prometo que não vou desapontá-los.” O republicano voltou a falar em dobrar o crescimento da economia e, já calculando o frenesi global causado por sua vitória, afirmou que os Estados Unidos manterão boas relações “com todos os países que quiserem manter boas relações conosco”. Trump ainda falou em “parceria, e não conflito”.

“Nada que quisermos para nosso futuro está além do nosso alcance. Vamos sonhar grande”, afirmou o presidente, o primeiro na história do país a nunca ter servido em um cargo público, civil ou militar.

Previsões erradas

O dia D nos Estados Unidos começou com os principais veículos da mídia americana projetando uma vitória histórica da primeira mulher presidente no país. Alguns chegaram a calcular em quase 80% a probabilidade de uma vitória da candidata democrata nas urnas.

A confiança dos democratas só começou a ruir após o fechamento das urnas nos estados no leste do país e o início da apuração dos votos. Analistas mantiveram os olhos grudados nos resultados que vinham da Flórida, Carolina do Norte, Ohio e Virgínia. Na medida em que os votos nestes estados decisivos – com grande número de votos eleitorais e sem tendência definida – começaram a ser contabilizados, ficou claro que a permanência dos democratas no poder estava em risco. Outras grandes surpresas da noite foram Wisconsin e Michigan, do chamado Rust Belt (cinturão da ferrugem). Considerados redutos democratas certos, este ano eles votaram em Trump.

Esta foi pelo menos a terceira ocasião neste ano em que institutos falharam ao tentar prever resultados de votações importantes no mundo. Em junho, pesquisas de opinião mostravam que os britânicos votariam pela permanência do Reino Unido na União Europeia. O movimento “Brexit” acabou vencendo nas urnas com 52%. A rejeição ao acordo de paz do governo colombiano com as Farc por 50,2% da população também contrariou as expectativas.

 

Terra

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