Caio Augusto Navarro Arisa é suspeito pelo assassinato da mãe em Santos, SP. À direita ele após deixar o bar momentos antes de ser morto pela PM — Foto: Reprodução e Arquivo Pessoal

Suspeito de degolar a mãe e atear fogo em casa tentou se livrar de facas e foi a bar no dia do crime

Caio Augusto Navarro Arisa, de 31 anos, foi morto pela Polícia Militar a 600 metros do apartamento onde Elisabeth Amelia Navarro foi encontrada morta, no bairro Embaré, em Santos (SP).

SANTOS – Caio Augusto Navarro Arisa, de 31 anos, suspeito de ter esfaqueado e ateado fogo no corpo da mãe, de 61, em Santos, no litoral de São Paulo, esteve em um bar logo após o crime, contou o gerente do estabelecimento, na terça-feira (19). Segundo o profissional, ele também enviou mensagens a outro funcionário oferecendo quatro facas, pois estaria de mudança.

Caio foi morto por um policial militar no último domingo (17). A PM recebeu uma denúncia sobre o paradeiro dele e, assim que os agentes se aproximaram, o funcionário para quem tinha oferecido as facas apontou para o suspeito. O rapaz foi esfaqueado três vezes e Caio acabou baleado.

A mãe do suspeito, Elisabeth Amelia Navarro, havia sido encontrada pelos bombeiros carbonizada, degolada e com perfurações pelo corpo dentro do apartamento dela, no bairro Embaré. Desde então a polícia o procurava.

O gerente do bar, Lucas Fonseca Silva, disse que Caio frequentava o local há mais de um ano junto com a mãe. O suspeito teria interesse em uma funcionária que, inclusive, é namorada do homem que foi golpeado três vezes e que recebeu as mensagens sobre as facas.

“[O Caio disse] que tinha umas facas de artes marciais na casa dele, que iria se mudar e queria dar para ele, mas [o funcionário] não respondeu a mensagem e o bloqueou”. Lucas contou que as mensagens foram enviadas no mesmo dia que Elizabeth foi achada morta.

Mesmo sem retorno da mensagem, Caio foi até o local, onde comeu e bebeu, após a mãe ter sido morta. “No sábado (16) quando a gente viu a notícia, abrimos o bar e às 20h ele estava lá. Chamamos a polícia, mas ele foi embora”.

Lucas disse, no entanto, que Caio voltou e ligou novamente à PM para denunciá-lo: ” Meia-noite ele apareceu e a gente foi atrás dele falando com a Polícia pelo telefone”, disse.

Assim que a viatura se aproximou, Lucas e o funcionário apontaram para Caio, que puxou uma faca e foi em direção ao denunciante. A PM mandou que ele parasse, mas ele não obedeceu e foi baleado.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas o suspeito não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Incêndio e idosa morta

A Polícia Militar foi acionada às 19h50 da última sexta-feira (15) para atendimento do incêndio. Após o controle das chamas e vistoria no imóvel, os policiais encontraram a vítima fatal. O porteiro informou que viu o filho da idosa saindo do prédio pouco antes do incêndio.

Segundo o Corpo de Bombeiros, assim que o corpo foi localizado, a Polícia Civil foi acionada para perícia no local. Ao todo, três viaturas e nove bombeiros atuaram na ocorrência.

De acordo com o BO, policiais entraram em contato com a irmã da vítima e ela informou que o sobrinho estava lá. Segundo o relato da mulher o suspeito havia chegado calmo e pedido para dormir na casa dela, pois teria brigado com a mãe.

Em seguida, a irmã da vítima foi informada que a ligação era da delegacia, momento em que o suspeito saiu correndo da casa da tia. No local, a polícia apreendeu uma bolsa com uma faca, bermuda, camisa, escova dental e isqueiro.

O caso foi registrado como incêndio e feminicídio na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos e investigado pelo 3° Distrito Policial (DP).

 

Fonte: G1/Santos e Região

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