Rafael Soares se apresentou na Delegacia, onde havia um Mandado de Prisão preventiva contra ele. Foto: MANOEL MESSIAS/Agência

Acusado de assassinar Bred se entrega à Polícia Civil

ANDRADINA – O ajudante geral Rafael Soares, o “Neguinho”, de 36 anos, acusado de ser o autor do homicídio contra o serviços gerais Mateus Rezze Gomes, o “Bred”, de 28 anos, morador na Rua Mato Grosso, Vila Rica, se apresentou na tarde de quarta-feira, 27, no 2º Distrito Policial de Andradina, acompanhado de um advogado. Como á havia um Mandado de Prisão em caráter preventivo contra ele, tomou ciência e foi recolhido á cadeia de Pereira Barreto, a disposição da Justiça.  

Policiais Civis e militares estavam no encalço dele desde que a justiça havia decretado sua prisão, mas ele não estava sendo localizado e, ao que tudo indica, estaria até fora da cidade neste período, só resolvendo se entregar porque o cerco vinha se apertando.

HOMICÍDIO DE BRED

O serviços gerais Mateus Rezze Gomes, o “BRED”, de 28 anos, residente no bairro Vila Rica, foi assassinado a tiros na noite de 13 de março, dentro de um bar localizado no cruzamento das ruas Presidente Vargas com Joaquim Antônio Proença, na Vila Mineira. Mesmo socorrido pelo Corpo de Bombeiros até a UPA – Unidade de Pronto Atendimento, teve a morte atestada pelo médico plantonista.

Segundo informações levantadas pela reportagem neste período, “Bred” com passagens criminais por furto, roubo, porte de arma e envolvimento na guerra de gangues dos bairros de Andradina, estava tomando cerveja com a namorada dentro daquele bar, onde também estava “Neguinho” em outro canto.

Neguinho esperou que a namorada de “Bred” se afastasse, e se aproximou dele, fazendo com que, ao se virar, efetuasse o primeiro disparo contra o peito dele. As primeiras informações do dia do homicídio era de que Neguinho o teria acertado pelas costas e fora do bar, o que não é verdade. Na verdade o autor esperou que a namorada se afastasse, chamou a atenção dela e ao se virar, efetuou um dos disparos.

Mesmo ferido, “Bred” partiu pra cima de seu algoz na tentativa de agredi-lo, mas o autor se defendeu com os braços e joelhos e efetuou outros dois disparos ainda dentro do bar.

Mortalmente ferido, Brad correu para fora do estabelecimento comercial, caindo no cruzamento das ruas citadas, próximo da tampa de um bueiro, onde o autor se aproximou e efetuou outros dois disparos contra sua cabeça, decretando praticamente a morte dele.

Na sequência e com a adrenalina em alta, o autor continuou efetuando os disparos, mas não havia mais munição no revólver calibre .32mm (canela seca), no qual o autor o levou durante a fuga após o crime.

DESAVENÇAS PESSOAIS

Ao contrário do que se pensava a princípio e chegou a ser ventilado em redes sociais, o homicídio de “Bred” não teve nada a ver com guerra de gangues, embora ele estivesse bastante envolvido nelas e já havia sido acusado de tentativa de homicídio contra rivais de outros bairros.

A desavença entre os dois era pessoal, tendo “Bred” e “Neguinho” se envolvido em discussões anteriores pelo menos uma semana inteira e naquela noite chuvosa de 13 de março o autor decidiu “cobrar a bronca”.

PASSAGENS CRIMINAIS

Em abril de 2020, “Bred” levou um tiro na perna, altura da nádega, ao reagir a uma tentativa de abordagem da Polícia Militar, depois de efetuar disparos de arma de fogo em via pública. Para tentar se livrar da prisão, teria efetuado tiros em direção a um policial militar, que reagiu e o acertou na perna esquerda, altura da nádega.

Já em abriu de 2017 ele e outros três jovens foram presos acusados de tentativas de homicídio pelo trevo da Av. Guanabara, devido a guerra de gangues.

Também já esteve preso acusado de envolvimento no homicídio do guarda da Skalla Pavimentação e roubo à residência de um desembargador aposentado, que morava a menos de 100 metros de sua casa.     

MIL NOTICIAS/Agência

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