Oito malas contendo mais de 170 kg de cocaína, avaliada em 6 milhões de euros, o que equivale a cerca de R$ 40 milhões. Foto: Polícia Judiciária de Portugal

Portugal intercepta jatinho brasileiro com R$ 40 milhões em cocaína, em oito malas

Três brasileiros foram presos em Lisboa com droga suficiente para 1,7 milhão de doses

PORTUGAL – A Polícia Judiciária de Portugal, através da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, interceptaram um jatinho vindo do Brasil para o aeroporto de Lisboa com oito malas contendo mais de 170 kg de cocaína, avaliada em 6 milhões de euros, o que equivale a cerca de R$ 40 milhões. Foram presos três brasileiros e dois portugueses, com idades entre 26 e 44 anos, na operação realizada no dia 1º deste mês de outubro foi batizada de White-wing, e divulgada somente na última segunda-feira (12).

Oito malas contendo mais de 170 kg de cocaína, avaliada em 6 milhões de euros, o que equivale a cerca de R$ 40 milhões. Foto: Polícia Judiciária de Portugal

Oito malas contendo mais de 170 kg de cocaína, avaliada em 6 milhões de euros, o que equivale a cerca de R$ 40 milhões. Foto: Polícia Judiciária de Portugal

Segundo as autoridades portuguesas, a aeronave foi comprada pela organização criminosa especializada em tráfico internacional, exclusivamente para transportar entorpecentes para a Europa, com o disfarce de operar viagens de luxo.

Os investigadores avaliaram que a cocaína apreendida seria suficiente para a composição de, pelo menos, 1,75 milhão de doses individuais da droga.

A polícia portuguesa disse que esta foi a primeira operação policial contra o tráfico que levou à apreensão de uma aeronave deste tipo em Portugal. A ação pode resultar em confisco do jatinho.

Disfarce luxuoso

Os traficantes atuavam disfarçados de viajantes executivos. E teriam tornado rotina fazer o mesmo trajeto do Brasil para Portugal carregando drogas. O destino final dos entorpecentes eram grandes países do mercado europeu.

“Estamos em plena colaboração com as autoridades brasileiras e sabemos que uma das pessoas detidas já tinha antecedentes criminais. Não por este tipo de crime, mas por outros”, afirmou a jornalistas, Rui Sousa, coordenador da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, de Portugal.

Mesmo com as prisões, o investigador afirma que a organização criminosa continua atuando. “Infelizmente não se extinguiu ainda a organização. A investigação está a decorrer. Estes indivíduos [presos] fazem parte de uma organização que, presumimos nós, é bem maior. Até porque faltam esclarecer alguns dados”, concluiu Rui Sousa.

A Polícia Federal brasileira deflagrou a Operação Overload na semana passada, no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), que desarticulou uma quadrilha que despacha drogas em voos comerciais para Portugal, por meio de brechas logísticas. Entre outros artifícios, a droga chegou a ser enviada disfarçadas de refeições para o serviço de bordo.

Fonte: Folha de S. Paulo.

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