Acusado foi condenado a pena que chega a aproximadamente 23 anos de reclusão, quase três deles em regime semiaberto. Na foto o dia em que ele foi preso pela PM. Foto: MANOEL MESSIAS/Mil Noticias

Assassino de servidor da saúde pega condenação de quase 23 anos

Acusado matou agente da Secretaria Municipal de Saúde de Andradina e escondeu seu corpo em uma geladeira, depois abandonado em um canavial

ANDRADINA – O Júri Popular realizado na tarde de quarta-feira, 17 no Fórum da Comarca de Andradina, condenou o réu Daniel Gomes da Silva, 23 anos, a uma pena de 20 anos, 8 meses e 2 dias em regime inicial fechado, por crime de homicídio e 2 anos, 8 meses e 2 dias de detenção em regime semiaberto, por ocultação de cadáver, pelo assassinato do agente de saúde Marcos Antônio de Oliveira, então com 50 anos. Depois de encerrado o júri, Daniel foi reencaminhado para a Penitenciária de Andradina, para cumprimento da pena.

O CRIME

Marco Antônio foi morto na tarde do dia 21 de julho de 2017, por estrangulamento e seu corpo só foi descoberto dois dias depois, dia 23, depois que colegas de serviço estranharam seu sumiço e um deles foi até a casa dele para obter maiores informações. Quando chegou ao local, encontrou uma mulher de nome Bruna, que disse estar dando uma “arrumada” na casa, porém, ao ser perguntada sobre o morador da casa, disse que ele não estava.

Estranhando o fato, a pessoa acionou a Polícia Militar, porém, não a encontrou mais pelo local. Diante de informações sobre características da mulher, que seria ‘namorada’ de um dos envolvidos, e com a identificação da placa da motocicleta utilizada por Daniel e Yan.

LOCALIZAÇÃO E PRISÃO DO AUTOR

A PM localizou Daniel no campinho de futebol do bairro Gasparelli, próximo das traves, já durante a noite e ameaçando se matar, colocando uma faca no pescoço. Depois de muita conversa entre a PM e bombeiros, conseguiu-se que ele desistisse da intenção, sendo detido e algemado.

Para se chegar ao segundo envolvido, foi questão de tempo e, depois de descobrir onde morava, Yan foi detido em sua casa no Nova Canaã. Ele disse que não estava no momento da execução do agente de saúde, “apenas” ajudou a transportar a geladeira com o corpo da vítima.

ELIMINAÇÃO DE PROVAS

Depois de assassinar o agente de saúde por estrangulamento com o golpe conhecido como “mata leão”, Daniel Gomes, que é praticante de Jiu Jitsu, quis se livrar de provas e contou com a ajuda de Yan, de um vizinho, o pedreiro desempregado W. F. S., e do motorista do caminhão Ford F-4000, nas cores cinza e preto, do motorista M. E. S., então com 49 anos, residente no Jardim Europa, que faz serviços de frete.

Quando o fretista chegou na casa onde estava a geladeira, Daniel alegou que o mau cheiro vindo dela tratava-se de carne de capivara deixada dentro do refrigerador desligado.

O fretista e o pedreiro desempregado receberam R$ 50,00 cada um pelo serviço, mas não sabiam tratar-se de um crime. Depois de ouvidos pelo delegado plantonista foram liberados ao final da ocorrência.

Depois de preso, Daniel alegou que ouvia vozes que o mandava cometer o homicídio por se sentir ameaçado pela vítima. Os dois se conheceram a uma semana, e Daniel alegou que queria alugar um imóvel de Marcos.

Segundo policiais, ele (o acusado) já não sabia o que era real ou imaginação, pois disse muitas coisas desconexas. Quando ao sangue que ele disse ter visto sair da geladeira, foi do corpo da vítima que começava a sofrer os efeitos da putrefação devido o lugar abafado e o tempo da morte.

A LOCALIZAÇÃO DO CORPO

O corpo do agente comunitário de saúde do município de Andradina, Marco Antônio de Oliveira Pereira, de 50 anos, residente na rua Amazonas, a 150 metros da praça Stella Maris, foi encontrado na noite do dia 23 de julho de 2017, dentro de uma geladeira abandonada em um canavial localizado no bairro Àgua Branca, distante 3 Km da Rondon, sentido bairro Timboré/Porto de Areia. A Polícia Militar registrou boletim de ocorrência no plantão policial. Seu corpo foi sepultado no cemitério São Sebastião.

O corpo de “Marquinhos”, que era homossexual e morava sozinho, estava dentro da geladeira com um saco plástico na cabeça, amarrado com fio de telefone, amordaçado e parte dele queimado, depois que o criminoso tentou incendiá-lo com o carvão que ele havia comprado. Ao que tudo indica, ele queria eliminar provas do crime.

MIL NOTICIAS/Agência

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