Karina Kajimoto foi encaminhada para o hospital após procurar atendimento em uma UBS da cidade. Foto: Facebook

Karina Kajimoto é a primeira vítima da leishmaniose em Araçatuba este ano

Ela estava internada na Santa Casa de Araçatuba desde o dia seis de fevereiro; inicialmente, suspeita era de dengue hemorrágica, que foi descartada após exames

ARAÇATUBA – A consultora de viagens Karina Kajimoto, 38 anos, morreu na noite desta quarta-feira (20), vítima de leishmaniose visceral. Ela estava internada na UTI Geral da Santa Casa de Araçatuba desde o dia oito deste mês. É o primeiro óbito no município por causa da doença no ano. A mulher morava no Jardim Umuarama, zona leste da cidade.

Karina Kajimoto foi encaminhada para o hospital após procurar atendimento em uma UBS da cidade. Foto: Facebook

Karina Kajimoto foi encaminhada para o hospital após procurar atendimento em uma UBS da cidade. Foto: Facebook

O mosquito-palha é o transmissor da leishmaniose visceral – Foto: Divulgação

O mosquito-palha é o transmissor da leishmaniose visceral – Foto: Divulgação

A paciente foi encaminhada para o hospital depois de buscar atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Ela foi internada no dia seis de fevereiro com sintomas de dengue hemorrágica, que foi descartada após exames feitos pelo Instituto Adolfo Lutz.

No entanto, análises realizadas no material enviado ao laboratório deram positivo para leishmaniose visceral. Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, a confirmação ocorreu dois dias após a entrada da paciente, que passou a ser medicada com tratamento específico para a doença.

Inicialmente, conforme o hospital, o tratamento apresentou resultados, mas o quadro clínico agravou nos últimos 15 dias e a paciente não resistiu. O óbito foi registrado às 21h55 desta quarta-feira.

O corpo de Karina Kajimoto está sendo velado na capela da funerária Cardassi da Avenida Saudade. O sepultamento está marcado para as 17h, no Memorial Laluce.

BLOQUEIO

Em casos de confirmação da doença, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) realiza bloqueio, em um raio de 200 metros ao redor da casa, com a coleta de sangue de todo os cães para a realização de exames.

Além disso, agentes de controle de endemia fazem o manejo ambiental em um raio de 400 metro da residência do paciente.

O trabalho consiste na orientação aos moradores e na retirada de materiais orgânicos, como restos de folhas e frutas, onde o mosquito-palha, transmissor da doença, pode se reproduzir.

SINTOMAS

O mosquito-palha se contamina picando um cão doente, podendo retransmitir para outro cão e seres humanos. Os sintomas da doença são febre e aumento do baço. Pode ocorrer também sangramento nasal.

No ano passado, Araçatuba registrou 15 casos de leishmaniose e três óbitos por causa da doença. Em 2019, apenas um caso foi confirmado, com um óbito.

RP10

Comments are closed.

error: Solicite a matéria por email!