“Maria do Crochê” voltou a viver na rua novamente após ganhar a liberdade. Foto: MANOEL MESSIAS/Agência

Ganha liberdade mulher acusada de assassinar idoso em viaduto

ANDRADINA – Durou uma semana o drama da moradora de rua Maristela Luciano de Brito, a “Maria do Crochê”, de 49 anos, presa injustamente no último dia 10, acusada de ter assassinado o caseiro Delcides Martins, o “Cid”, de 65 anos, morto com uma facada no pescoço na última quarta-feira, 10, na linha férrea, embaixo do viaduto da rua J. A. Carvalho, centro de Andradina. Após ganhar a liberdade, voltou para a rua novamente.

‘Maria do Crochê’, como é conhecida, foi detida junto com o também morador de rua Luciano Aparecido da Silva, ou “Marcelo”, 37, acusados de ter cometido o homicídio naquela tarde. Os dois estavam completamente embriagados e não tiveram nem condições de se defenderem.

A acusação havia sido feita pelo verdadeiro assassino do idoso, o ex-presidiário e também morador de rua Mauro Sérgio Ferreira de Lima, o “Cabrobó”, de 44 anos, preso depois que equipes de investigadores descobriram que ele havia dispensado a faca utilizada no crime a 100 metros de distância.

‘Cabrobó’ também é acusado de tentar assassinar o travesti Vinícius Henrique Batista da Costa, de 19 anos, residente na rua Evaristo Recco, bairro São Pedro, gravemente ferido com oito golpes de faca, sendo três deles no pescoço, outros no tórax e cabeça, em crime ocorrido próximo de 5h de domingo, 14, no cruzamento das ruas Ceará, com Euclides da Cunha, praticamente atrás da rodoviária.

O homicida usou do mesmo expediente do caso anterior: prestou informações falsas aos policiais militares depois de apontar onde estava a faca utilizada na tentativa de homicídio do travesti. Ele chegou a ser encaminhado ao plantão policial na madrugada do crime, mas acabou liberado posteriormente naquela ocasião.

OUTRO HOMICÍDIO

“Cabrobó” já cumpriu mais de 10 anos de detenção depois de condenado por outro homicídio cometido na cidade de Carapicuíba, na grande São Paulo, quando matou a tiros um rival seu. Ele cumpriu o restante da pena na penitenciária de Andradina e ficou perambulando pela cidade após ganhar a liberdade. Acabou se envolvendo com uma mulher moradora na Vila Mineira e desta união nasceu uma menina que está agora com dois anos. Ele tem outro filho de 28 anos, moradora na sua cidade de origem no Rio Grande do Norte.

MARIA DO CROCHÊ

Depois de ganhar a liberdade na última quinta-feira (18), após uma semana trancafiada, Maristela Brito, ou “Maria do Crochê”, voltou para a rua novamente, praticamente onde ocorreu o homicídio que ela foi acusada injustamente. Está dormindo em um “atalho”, ao lado de uma loja de departamentos e da linha férrea.

Sua irmã, que mora no conjunto Quinta dos Castanheiras, ao saber de sua liberdade foi busca-la, mas ela se recusou a ir morar em uma casa com regras, horários e controle da vida. Preferiu viver onde vivia antes de sua vida quase mudar completamente.

ESTUPRO

Já o outro morador de rua e também acusado do homicídio do idoso, Luciano Aparecido da Silva, ou “Marcelo”, 37 anos, continuou preso já que pesa contra ele uma acusação de ter cometido um estupro anos atrás.   

MIL NOTICIAS/Agência

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