Sívio César Júnior em posto com namorada e amigo antes de ser baleado em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera).

Tapeceiro foi perseguido, agredido e baleado por PM mesmo sem reagir, conclui investigação

Militar foi indiciado por dupla tentativa de homicídio qualificado e lesão corporal. Aluno soldado segue preso em Goiânia.

GOIÂNIA/GO – O tapeceiro Sílvio César da Costa Júnior, de 27 anos, foi perseguido, agredido e, mesmo sem esboçar reação, foi baleado na cabeça pelo policial militar Bruno Correia de Araújo após uma briga em um posto de combustíveis de Goiânia, concluiu a investigação da Polícia Civil. O delegado concluiu o inquérito e indiciou o aluno soldado por dupla tentativa de homicídio qualificado e lesão corporal. O militar alegou incialmente que agiu em legítima defesa.

Sívio César Júnior em posto com namorada e amigo antes de ser baleado em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera).

Sívio César Júnior em posto com namorada e amigo antes de ser baleado em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera).

Durante a investigação, a polícia também teve a informação de que o militar já foi preso anteriormente e já tinha se envolvido em outra discussão em um bar. Bruno segue preso e também responde a uma investigação da Polícia Militar.

Sílvio César foi baleado em um posto de combustível no dia 11 de agosto, quando bebia com amigos. De acordo com o delegado responsável pelo caso, André Bottesini, o aluno soldado da PM se aproximou do grupo, começou a discutir com elas e deu uma coronhada em um dos rapazes.

Uma câmera de segurança registrou parte da agressão. O rapaz que levou uma coronhada aparece caminhando com a mão na cabeça. “Ele deu uma coronhada na cabeça de um deles, o que fez com que todos corressem do posto. Ele perseguiu uma dessas pessoas, efetuou cerca de quatro disparos contra esse indivíduo, mas não conseguiu atingi-lo”, explicou o delegado.

Em outro momento da gravação, o militar aparece correndo em outra rua. Segundo o delegado, ele estava perseguindo o tapeceiro.

“Ele retornou ao posto, visualizou dois amigos, um deles o Sílvio, e determinou que eles parassem. Eles desceram uma avenida correndo e, em determinado momento, anunciou que era policial militar e determinou que o Sílvio deitasse no chão. Ele obedeceu essa ordem, deitou, foi subjugado. Bruno ainda com a arma deu várias coronhadas e chutes e ainda sem qualquer reação da vítima, ele efetuou um disparo contra a cabeça do Sílvio”, completou Bottesini.

Na sequência, a namorada de Sílvio aparece desesperada no posto de combustível ao saber que o jovem tinha sido baleado. O jovem foi socorrido e levado para o Hospital de Urgências de Goiânia. Ele está na UTI da unidade e ainda é considerado gravíssimo. Ele está na UTI do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).

Outros casos de agressão

Segundo o delegado André Bottesini, o policial militar já se envolveu em outros casos de agressão e já chegou a ser preso. “O Bruno foi preso no início do ano por lesão corporal e foi enquadrado na Lei Maria da Penha por essa circunstância”, disse o investigador.

Além disso, outro homem procurou a polícia para denunciar que também foi ameaçado pelo policial. “Ele estava bebendo em um estabelecimento, foi abordado pelo Bruno, que mostrou uma arma e disse que se o rapaz não cantasse a próxima música, efetuaria um disparo contra esse indivíduo. Ele foi obrigado a cantar esse música e depois saiu do local e acionou a Polícia Militar, que retirou o Bruno do bar”, completou o delegado.

A família cobra uma punição para o suspeito do crime. Eles fizeram uma carreata sábado (18) para que o caso não seja esquecido.

G1

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