A ex-presidente argentina Cristina Kirchner fala com a imprensa (Foto: REUTERS/Marcos Brindicci)

Polícia prende 12 pessoas ligadas ao governo da ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner

Reportagem do jornal “La Nación” revelou cadernos de motorista que levava as sacolas de dinheiro com a propina. Família Kirchner governou a Argentina por 12 anos.

ARGENTINA – A polícia da Argentina prendeu 12 pessoas na madrugada desta quarta-feira (1), entre empresários e ex-funcionários do governo da ex-presidente Cristina Kirchner. Ela, que atualmente ocupa uma das vagas de senadora, está sob investigação sobre um suposto pagamento de propinas milionárias.

A ex-presidente argentina Cristina Kirchner fala com a imprensa (Foto: REUTERS/Marcos Brindicci)

A ex-presidente argentina Cristina Kirchner fala com a imprensa (Foto: REUTERS/Marcos Brindicci)

Por isso, também nesta quarta-feira, a Justiça argentina também determinou que Kirchner deverá prestar depoimento em 13 de agosto. A ex-presidente governou o país entre 2007 e 2015.

Investigações apontam que Cristina Kirchner e o marido, Néstor — que também governou a Argentina entre 2003 e 2007 — receberam bolsas de dinheiro obtido por construtoras e empresas de energia. Uma reportagem do jornal argentino “La Nación” mostrou cadernos com anotações do motorista Oscar Centeno, do Ministério do Planejamento, que entregava as sacolas com a propina.

O juiz citou a ex-presidente porque sua casa na capital é apontada como o destino de uma das supostas entregas, conforme as anotações fornecidas ao juiz detalhando os movimentos do dinheiro.

As empresas envolvidas nas prisões desta quarta-feira venceram licitações durante os 12 anos do kirchnerismo na Argentina. Nesse período, o Ministério do Planejamento ficou a cargo de Julio de Vido. Ele está preso desde outubro de 2017.

De acordo com o “La Nación”, estão entre os 12 detidos desta quarta-feira:

  • Roberto Baratta, ex-secretário de coordenação do Ministério do Planejamento Federal;
  • Nelson Lazarte, ex-secretário de Baratta;
  • Oscar Centeno, motorista de Baratta;
  • Hugo Martín Laraburru, ex-coordenador técnico da Chefia de Gabinete;
  • Rafael Llorens, ex-secretário legal do Planejamento Federal;
  • Claudio Javier Glazman, diretor da empresa Sociedad Latinoamericana de Inversiones;
  • Walter Fagyas, ex-presidente da empresa de energia Enarsa;
  • Armando Roberto Loson, presidente da empreiteira Grupo Albanesi;
  • Carlos Mundín, presidente da empreteira BTU;
  • Gerardo Ferreyra, vice-presidente da empresa Electroingeniería;
  • Jose Guillermo Neira, outro vice-presidente da empresa Electroingeniería;
  • Javier Sánchez Caballero, ex-CEO da empreiteira Iecsa.

Este é mais um escândalo com o qual a ex-presidente argentina Cristina Kirchner se vê envolvida. Em novembro de 2017, ela foi acusada em um caso de lavagem de dinheiro envolvendo negócios imobiliários de sua família.

Também no ano passado, um juiz federal pediu a prisão preventiva de Cristina Kirchner sob acusação de acobertar criminosos iranianos envolvidos no atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia).

A ex-presidente da Argentina negou envolvimento em ambos os casos. 

 

G1

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