Morto aos 68 anos, filho mais velho de Fidel teve uma trajetória profissional dedicada à ciência
Foto: AFP / BBCBrasil.com

Filho mais velho de Fidel Castro comete suicídio em Cuba

Com a vida profissional dedicada à ciência, herdeiro mais velho de Fidel Castro tratava um ‘quadro de depressão profunda”, segundo os meios de comunicação oficiais.

CUBA – O filho mais velho do ex-líder cubano Fidel Castro, Fidel Angel Castro Díaz-Balart, de 68 anos, cometeu suicídio nessa quinta-feira (1) em Havana. Segundo os jornais estatais de Cuba, ele sofria com uma forte depressão e estava em tratamento da doença.

Morto aos 68 anos, filho mais velho de Fidel teve uma trajetória profissional dedicada à ciência Foto: AFP / BBCBrasil.com

Morto aos 68 anos, filho mais velho de Fidel teve uma trajetória profissional dedicada à ciência
Foto: AFP / BBCBrasil.com

“O doutor em Ciências Fidel Castro Díaz-Balart, que estava sendo acompanhado por uma equipe médica há meses por uma forte depressão, tirou sua vida hoje, primeiro de fevereiro”, informou o jornal oficial do governo Granma .

Fiel à revolução de seu pai, o filho de Fidel ficou conhecido ainda menino, quando entrou com o pai em Havana em 8 de janeiro de 1959 como membro da caravana da vitória. Conhecido como “Fidelito”, ele nunca chegou a ocupar cargos políticos, mas era muito querido pelos cubanos – e sua morte provocou comoção no país.

A morte ocorre cerca de 15 meses após Fidel Castro morrer, aos 90 anos, em novembro de 2016.

Mas quem foi Fidelito?

Físico nuclear graduado pelo Instituto Superior de Ciência e Tecnologias Nucleares da antiga União Soviética, ele carregava em seu currículo uma forte atuação acadêmica. Por mais de uma década, foi enviado como representante de delegações científicas e educacionais do governo de Cuba a vários países.

No governo, chegou a ocupar cargos de liderança nessa área, mas nem sempre foi bem sucedido.

Uma das atividades que assumiu durante a gestão do pai foi o desenvolvimento da Central Nuclear Juragua, um projeto para levar energia atômica à ilha que acabou suspenso após o colapso da União Soviética.

Fidelito liderou o programa nuclear entre 1980 e 1992. Nesse período, era secretário executivo da Comissão de Energia Atômica de Cuba, mas acabou destituído. Segundo o próprio pai, por “ineficiência”.

Ele se manteve então em relativo anonimato até 1999, quando foi nomeado assessor do Ministério da Indústria Básica.

Terra

Comments are closed.

error: Solicite a matéria por email!