Com a vida profissional dedicada à ciência, herdeiro mais velho de Fidel Castro tratava um ‘quadro de depressão profunda”, segundo os meios de comunicação oficiais.
CUBA – O filho mais velho do ex-líder cubano Fidel Castro, Fidel Angel Castro Díaz-Balart, de 68 anos, cometeu suicídio nessa quinta-feira (1) em Havana. Segundo os jornais estatais de Cuba, ele sofria com uma forte depressão e estava em tratamento da doença.
“O doutor em Ciências Fidel Castro Díaz-Balart, que estava sendo acompanhado por uma equipe médica há meses por uma forte depressão, tirou sua vida hoje, primeiro de fevereiro”, informou o jornal oficial do governo Granma .
A morte ocorre cerca de 15 meses após Fidel Castro morrer, aos 90 anos, em novembro de 2016.
Mas quem foi Fidelito?
Físico nuclear graduado pelo Instituto Superior de Ciência e Tecnologias Nucleares da antiga União Soviética, ele carregava em seu currículo uma forte atuação acadêmica. Por mais de uma década, foi enviado como representante de delegações científicas e educacionais do governo de Cuba a vários países.
No governo, chegou a ocupar cargos de liderança nessa área, mas nem sempre foi bem sucedido.
Uma das atividades que assumiu durante a gestão do pai foi o desenvolvimento da Central Nuclear Juragua, um projeto para levar energia atômica à ilha que acabou suspenso após o colapso da União Soviética.
Fidelito liderou o programa nuclear entre 1980 e 1992. Nesse período, era secretário executivo da Comissão de Energia Atômica de Cuba, mas acabou destituído. Segundo o próprio pai, por “ineficiência”.
Ele se manteve então em relativo anonimato até 1999, quando foi nomeado assessor do Ministério da Indústria Básica.