ANDRADINA – Um preso de 26 anos, natural da cidade de São José do Rio Preto, foi encontrado assassinado por esganadura na manhã de segunda-feira (24), em uma das celas da ala de inclusão da penitenciária estadual de Andradina, localizada na ADD – 468, no bairro Maravilha. Depois de retirado por uma agência funerária da cidade, o corpo foi enviado para o IML – Instituo Médico Legal. Depois foi trasladado para a cidade de Neves Paulista, onde moram familiares dele, onde foi sepultado. A diretoria da penitenciária local não fala sobre casos de homicídio naquela unidade prisional.
Esse é o segundo caso de preso morto na penitenciária de Andradina. O outro foi no início do mês quando um detento de 31 anos, que estava numa cela do Pavilhão Disciplinar, com outros dois presos, também foi morto por esganadura. Como a família, que é da cidade de Piedade, região de Sorocaba, não tinha dinheiro para o traslado, o corpo foi enterrado no cemitério São Sebastião, na cidade de Andradina.
Segundo informações obtidas pela reportagem com fontes que preferem não se identificar devido a possíveis represálias, a ala de inclusão são para os presos que estão saindo ou chegando na unidade prisional de Andradina. Já a ala disciplinar são para os presos que apresentam problemas de ameaças de morte de outros detentos, notadamente os envolvidos em guerras de facções, embora a diretoria da penitenciária de Andradina insista que não existe membros de várias facções na unidade local.
Já foram registrados vários homicídios de presos pertencentes a facções diferentes que agem dentro e fora dos presídios paulistas. Um dos que mais repercussão causou foi o cometido por membros da facção “Cerol Fino”, cuja característica principal de seus crimes é arrancar as vísceras de suas vítimas.
SUPER LOTAÇÃO
No dia em que mataram o primeiro preso, haviam 1904 sentenciados, sendo que a capacidade da unidade prisional de Andradina é de 800, portanto, mais do que o dobro. Como a diretoria não informa sobre movimentação de detentos, não foi possível coletar a informação se houve remanejamento de presos após a primeira morte ocorrida neste mês de abril.