Andreza Cruz no dia de sua prisão efetuada pela Polícia Militar. Foto: MANOEL MESSIAS/Mil Noticias

Justiça condena assassina de Célia Amorim a 20 anos e 6 meses de prisão

Juri popular foi realizado durante toda essa quarta-feira (12). Ré ficou a maioria do tempo de cabeça baixa. Depois foi recambiada para a Penitenciária de Tupi Paulista

ANDRADINA – A Justiça da Comarca de Andradina condenou a pena de reclusão de 20 anos e 6 meses em regime fechado, a empregada doméstica Andreza Oliveira Cruz, acusada de assassinar com requintes de crueldade a sua patroa, a professora Célia Baptista Amorim, então com 57 anos, em 16 de fevereiro de 2015, na casa em que a vítima morava, localizada na rua 9 de Julho, centro. No encerramento do júri popular e depois que a sentença foi proferida, a assassina foi recambiada para a Penitenciária de Tupi Paulista, onde está presa desde quando foi detida após cometer o crime, que abalou a cidade de Andradina.

Andreza Cruz no dia de sua prisão efetuada pela Polícia Militar. Foto: MANOEL MESSIAS/Mil Noticias

Andreza Cruz no dia de sua prisão efetuada pela Polícia Militar. Foto: MANOEL MESSIAS/Mil Noticias

Filho da vítima, Flávio Batista Amorim, o "FlVINHO", fez uma linda homenagem em rede social no dia do sepultamento da mãe. foto: MANOEL MESSIAS/Mil Noticias

Filho da vítima, Flávio Batista Amorim, o “FlVINHO”, fez uma linda homenagem em rede social no dia do sepultamento da mãe. foto: MANOEL MESSIAS/Mil Noticias

O corpo de jurado foi composto por seis mulheres e um homem, que ouviram as explanações do promotor de acusação, dos advogados de defesa, de parentes da vítima. Antes a ré havia sido ouvida sobre o caso que chocou toda a cidade de Andradina.

Vários advogados, estudantes de direito e familiares da vítima, incluindo seu marido, o médico Flávio Amorim, seus filhos Flavinho e Carolina Amorim, sua nora e uma cunhada, estiveram na primeira fila da sala do júri acompanhando as quase dez horas de julgamento. Em alguns trechos da explanação do promotor de acusação, principalmente quando dos momentos do crime, em que era destacada a crueldade da criminosa, Carol e Flávio Amorim choraram.

O CRIME

O crime aconteceu quando a vítima surpreendeu a criminosa usando drogas (crack), na casa em que trabalhava como empregada doméstica. Por gozar da confiança da família, a professora Célia Amorim ficou indignada com a situação e prometeu contar tudo ao seu marido, o médico Flávio Amorim e chamar a Polícia Militar.

A agora condenada tentou demover a patroa de contar tudo ao médico e para a PM, porém, com a recusa da professora, Andreza entrou em discussão com ela e partiu para a agressão. Com um martelo nas mãos, a assassina desferiu vários golpes de martelo na cabeça, desfigurando o rosto da vítima, conforme constatou exame da perícia técnica.

A professora acabou morrendo no local dos fatos, ou seja, na própria residência. Pelo apurado à época, a luta teria começado no quarto do casal e acabou no corredor que dá acesso aos fundos da casa.

A Polícia Civil descobriu que, depois do homicídio, a empregada revirou um guardarroupa da família e furtou aproximadamente R$ 5 mil, joias e um revólver calibre .38mm, municiado, além de dois telefones celulares, fugindo inicialmente para uma casa localizada no bairro Santa Cecília, onde promoveu uma noite regada a muita bebida e droga.

No dia seguinte ela teria abastecido um veículo de um homem com quem ela teria se envolvido naquela mesma noite e fugiu para um sítio no bairro Timboré, próximo do rio Tietê.

Durante aquele dia, depois de ter recaída sobre ela as suspeitas do homicídio e ter sua identidade revelada, Andreza foi para a estrada que demanda do Timboré à Andradina, com intenção de pegar uma carona e deixar a cidade, de preferência para o estado do Mato Grosso do Sul.

Porém, antes de conseguir realizar a fuga, ela foi presa quando em patrulhamento por aquele bairro rural, os policiais militares cabo Zardetti e soldado feminino Renata, conseguiram localiza-la e prendê-la, encaminhando-a ao plantão policial e depois recolhida à penitenciária de Tupi Paulista.

MIL NOTICIAS/Agência

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