Vítimas são homenageadas na Arena Condá (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

Homenagens marcam velório coletivo de 50 vítimas na Arena Condá

Caixões foram levados em cortejo aberto para o estádio da Chapecoense. Cerimônia teve discurso do prefeito de Chapecó e presidente da Fifa.

CHAPECÓ/SC – O velório coletivo de 50 das 71 vítimas do acidente aéreo com a delegação da Chapecoense foi marcado por homenagens na Arena Condá, em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. Após a cerimônia, que durou cerca de duas horas sob muita chuva, permaneceram em Chapecó para serem velados 16 corpos.

Vítimas são homenageadas na Arena Condá (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

Vítimas são homenageadas na Arena Condá (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

Militares levam caixão de vítima para a Arena Condá (Foto: AFP/Divulgação)

Militares levam caixão de vítima para a Arena Condá (Foto: AFP/Divulgação)

Telões na Arena Condá mostravam chegada dos corpos (Foto: Amanda Kestelman/GloboEsporte.com)

Telões na Arena Condá mostravam chegada dos corpos (Foto: Amanda Kestelman/GloboEsporte.com)

Familiares homenageiam vítimas do acidente com o voo da Chapecoense na arena Condá (Foto: Alan Morici/G1)

Familiares homenageiam vítimas do acidente com o voo da Chapecoense na arena Condá (Foto: Alan Morici/G1)

O presidente Michel Temer acompanhou a cerimônia no estádio, mas não se pronunciou.

Vindos da Colômbia, os corpos chegaram por volta das 12h30 deste sábado (3) em meio a emoção de familiares, amigos e torcedores do clube.

Os caminhões com os caixões saíram do aeroporto às 11h14 e percorreram cerca de 10 quilômetros por aproximadamente uma hora. O público nas arquibancadas da Arena Condá aplaudia, um a um, cada caixão carregado por militares na chegada para o velório coletivo no estádio da Chapecoense. Na área coberta montada sobre o gramado, reservada aos familiares e pessoas próximas, os caixões foram depositados.

Às 13h25, todos as urnas haviam sido levadas à área coberta. Às 13h28, a cerimônia começou na Arena Condá, com participação do apresentador Mário Motta. Em seguida, foram executados os hinos brasileiro e da Chapecoense, pela banda da Polícia Militar.

Jornalistas, jogadores, dirigentes e integrantes da comissão técnica da Chapecoense mortos no acidente com o voo da LaMia foram velados em várias cidades neste sábado (3). A queda da aeronave na Colômbia na última terça-feira (29) deixou 71 mortos.

No domingo (4), 11 vítimas que estavam na aeronave devem ser sepultadas no Rio Grande do Sul. O zagueiro Filipe Machado, 32 anos, será velado na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, na manhã deste domingo (4). Também será cremado, mas em Porto Alegre, o corpo do atacante Kempes, 34 anos, que jogou no Caxias e no Novo Hamburgo.

Ainda em Porto Alegre, serão sepultados os volantes Matheus Biteco, 21 anos, ex-Grêmio, e Josimar, 30 anos, ex-Inter. O primeiro será velado ao longo da madrugada de domingo (4) no Cemitério Jardim da Paz. O sepultamento está marcado para às 11h30.

O corpo do goleiro da Chapecoense Danilo deve chegar à Cianorte, no noroeste do Paraná, por volta da 0h deste domingo (4). Após o velório coletivo, realizado na tarde deste sábado (3) na Arena Condá, em Chapecó-SC, o corpo segue em um carro funerário para Cianorte. Familiares devem acompanhar o transporte.

O corpo do jogador alagoano Arthur Maia será sepultado no domingo em Maceió. Neste sábado (3), familiares e torcedores prestaram homenagens às vítimas do acidente, na Arena Condá, em Santa Catarina.

O corpo de Miguel Quiroga, de 36 anos, piloto do avião da Chapecoense, morto na queda da aeronave na terça-feira (29), foi velado na tarde desta sexta (2) e enterrado neste sábado (3) em Cobija, na Bolívia, cidade natal dele que faz fronteira com as municípios acreanos de Brasileia e Epitaciolândia. Amigos e familiares se reuniram na casa dos pais do piloto, onde o velório ocorreu.

Durante o cerimonial alou na Arena Condá o presidente em exercício da Chapecoense, Ivan Tozzo. Durante a cerimônia, o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon usou a camiseta do Atlético Nacional de Meddelín e agradeceu as homenagens e apoio das autoridades e da população da Colômbia.

O próximo a falar foi o presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio David de Nes Filho. Crianças levaram para o campo da Arena Condá as bandeiras do Brasil, da Colômbia, de Santa Catarina, de Chapecó e da Chapecoense.

O apresentador Cid Moreira leu uma passagem bíblica no estádio Condá e foi aplaudido pela multidão. Depois, o bispo da arquidiocese de Chapecó, Dom Odellir José Magri, leu uma  mensagem do Papa Francisco. “Consternado pela trágica notícia do acidente aéreo na Colômbia que causou numerosas vítimas, o Papa pede que transmita suas condolências e sua participação na dor de todos os enlutados”, declarou o pontífice.

Balões foram soltos a cada nome de vítima que era dito na cerimônia. Carlinhos, o indiozinho símbolo da Chape, entrou em campo com os pais.

No ato final da cerimônia em homenagem aos atletas, os dirigentes do time entregaram uma placa ao técnico do Atlético Nacional e ao embaixador da Colômbia no Brasil. O presidente Michel Temer deixou o estádio Condá sem discursar, enquanto a torcida gritava  “Vamo, Vamo, Chape”, grito comum durante os jogos.

Participaram do ato várias personalidades do futebol, como o presidente da Fifa, Gianni Infantino, o secretário-geral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Walter Feldman, o técnico da seleção brasileira, Tite, e os jogadores Seedorf e Puyol.

G1

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