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Polícia Civil de Andradina prende em Três Lagoas acusado de homicídio na Vila Mineira

Rivalidade entre gangues de bairros motivou os dois homicídios na vila Mineira. Delegado da DIG e equipe cumpriram prisão temporária do rapaz apontado como autor da execução.

ANDRADINA – A Polícia Civil de Andradina prendeu na tarde desta sexta-feira (28), o desempregado Wyslen Neris de Souza, com 18 anos completados no último dia 22 de setembro, residente no bairro São Pedro, acusado do assassinato de Eduardo Vinícius Menezes, o “Dú” 25, ocorrido na manhã de segunda-feira (24) na Vila Mineira. O delegado da DIG – Delegacia de Investigações Gerais, Tadeu Carvalho Coelho e equipe cumpriram a prisão na cidade de Três Lagoas/MS, onde o acusado estava foragido.

Segundo a Polícia Civil, “Dú” foi morto depois de passar praticamente toda a noite no pronto socorro municipal, onde acompanhou o filho, que estava passando mal. Depois de sair do PAM, ele teria ido para a casa da sua ex-companheira e mãe da criança, onde acabou pernoitando, levantando próximo de 10h. O delegado acredita que seus rivais tenham percebido a moto dele no local deduzindo que ele estava dentro da casa e tenham ficado na “espreita”.

Quando Eduardo saiu da casa da mãe de seu filho, pouco depois das 11h, os rivais apareceram em uma motocicleta e Wysllen, que estava na garupa, desferiu pelo menos cinco tiros contra a vítima. Para fugir do atirador, ele entrou na Camenor, aproveitando o fato que funcionários da instituição chegavam ao local e abriram o portão para guardar as compras da semana.

Nesse instante um dos tiros acertou o peito de Eduardo, que caiu mortalmente ferido, praticamente na entrada da instituição. Os agressores então fugiram na moto tomando rumo ignorado.

OUTRO HOMICÍDIO

Sobre a morte do adolescente Matheus Rodrigues Martiniano, 17, ocorrida na noite de terça-feira (25), no cruzamento das ruas Cuiabá com Vitório Guaraciaba, também na Vila Mineira, o delegado não acredita no envolvimento dele com gangues.

O menor pode ter sido vítima porque andava vez ou outra com o rapaz acusado de envolvimento no homicídio de “Dú”, porém, não era participante da guerra, disse o delegado.

No entanto, a reportagem ouviu na noite do homicídio, em frente do pronto socorro municipal, o pai e o avô de Matheus dizendo que já tinha pedido ao filho e neto (respectivamente), para não andar em companhia dessas pessoas que podia um dia acabar levando um tiro, o que acabou acontecendo, levando-o à morte. Nesse segundo homicídio, a Polícia Civil está levantando pistas dos suspeitos.

Tadeu disse ainda que pela Vila Mineira existem informações que alguns indivíduos estão querendo apavorar, tentando impor o terror. Isso está também sendo averiguado pela Polícia, disse o delegado.

GUERRA DE GANGUES

O delegado Tadeu informou durante entrevista esta semana que está cedo para afirmar se os dois homicídios é resultado da guerra de gangues de bairros rivais, mesmo em espaço curto de pouco mais de 24h. O que há, isso podemos afirmar, são jovens, muitos deles adolescentes ainda, que não aceita provocação e resolvem tirar satisfação pessoal, envolvendo-se em crimes diversos, chegando muitas vezes ao homicídio.

O que já sabemos, disse a autoridade policial, é que “Dú”, andou provocando os jovens da Vila Mineira, depois que descobrimos que ele estava no veículo cujos integrantes efetuaram quatro disparos contra o portão do “Bar Sereias”, localizado na rua Aquidauana e próximo dos dois homicídios.

Antes dos dois homicídios, várias fotos e mensagens foram trocadas entre grupos de whats app, tanto de moradores do Jardim Europa, como Vila Mineira, algumas delas com indivíduos portando armas de fogo, como que chamando para a “guerra”. Estamos coletando essas provas para conclusão do inquérito, informou o delegado.

INÍCIO DA GUERRA

Anos atrás, jovens dos bairros Pereira Jordão e Benfica se envolveram em uma batalha sangrenta por espaço territorial, resultando em pelo menos 10 homicídios, 20 tentativas, e muitas prisões. Prova disso é que os principais envolvidos foram mortos ou presos e condenados a penas longas, alguns deles a mais de 20, 30 e até 40 anos de reclusão.

MIL NOTICIAS/Agência

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