Segundo a Polícia Civil, prisão foi nesta segunda-feira (6), Natan Fernando Pezolito, de 20 anos, foi enterrado no Cemitério Municipal de Guapiaçu (SP).
MIRANDÓPOLIS – O rapaz suspeito de matar com um tiro na cabeça o jovem Natan Fernando Pezolito, de 20 anos, foi preso nesta segunda-feira (6), em Mirandópolis (SP).
Segundo informações da Polícia Civil, o suspeito foi intimado a prestar depoimento na polícia, onde confessou o crime e disse que o tiro foi acidental. Na sequência, ele foi preso em flagrante e ficou à disposição da Justiça.
Natan foi atingido pelo disparo de arma de fogo na madrugada do dia 22 de dezembro em um sítio de Mirassolândia. Um amigo dele afirmou que o suspeito de cometer o crime fez roleta-russa com a vítima e outros jovens.
Após ser baleado na região da cabeça, Natan foi socorrido e levado para o Pronto-Socorro de Mirassolândia. Contudo, por causa dos ferimentos, ele precisou ser transferido para o Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP), onde teve morte cerebral confirmada e permaneceu respirando com auxílio de aparelhos.
Segundo o boletim de ocorrência, a comunicação do óbito foi feita três dias depois do jovem ser baleado. O corpo da vítima foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para passar por exames. O projétil retirado da vítima foi entregue para a Polícia Civil para ser periciado.
O enterro de Natan foi realizado no Cemitério Municipal de Guapiaçu (SP), na tarde do dia 25 de dezembro. Amigos e familiares fizeram uma cavalgada para homenageá-lo.
Fazia roleta-russa
De acordo com o estudante Júlio Rodrigo Piva Dias, que era amigo de infância da vítima, o irmão da aniversariante, um rapaz de 24 anos, entrou no quarto e voltou armado com um revólver. Em seguida, ele abriu o tambor da arma de fogo e foi para a sala do sítio onde Natan estava sentado com amigos.
“Ele falou para brincarmos de roleta-russa. Eu perguntei para ele o que era isso e ele explicou que era para colocar uma bala no tambor, rodar e atirar. A gente respondeu que ele estava louco, que era para sair fora disso. Ele sentou no canto do sofá e apontou a arma e atirou em falso. Ele fez isso três vezes, até mirar no Natan e disparar”, disse Júlio.
Ao se dar conta de que o revólver tinha disparado e atingido Natan na cabeça, Júlio afirmou que o rapaz voltou ao quarto, guardou a arma e saiu desesperado, com as mãos na cabeça.
“Eu vi o sangue, peguei o Natan, tentei falar com ele, mas ele não respondia. Eu arrastei ele para fora, coloquei ele na grama e comecei a gritar o pessoal. Então, conseguimos socorrer ele ao Pronto-Socorro, onde fiquei aguardando a ambulância de Rio Preto”, afirmou Júlio.
A Polícia Civil registrou o caso como homicídio tentado e segue em investigação. Contudo, como a morte da vítima foi confirmada, o caso será tratado como homicídio doloso, quando há a intenção de matar.
‘Implorei para não ir à festa’
O pai do jovem afirmou em entrevista à TV TEM que chegou a implorar para o filho não ir à festa de aniversário onde o crime foi registrado.
“Ele foi convidado para ir nesse aniversário, de uma menina que tinha conhecido. Eu implorei para ele não ir, porque estávamos fazendo uma festa, mas ele disse que iria para dar um abraço nela e voltaria rapidamente”, disse o pai da vítima, Edilson Pezolito.
Depois de o crime ser cometido, Edilson afirmou ter recebido uma ligação de uma pessoa que contou que o filho tinha acabado de ser baleado na cabeça.
“A gente ficou sem rumo, sem saber o que fazer, mas fomos para o hospital. Eu perguntei para os paramédicos qual era a situação e eles me responderam que tinham feito o que podiam e estavam entregando para os médicos e Deus. Eu não sei nem o que falar, é meu filho que está indo embora. Minha coisa mais preciosa”, afirmou o pai.