Tremor de 6,8, o mais poderoso já registrado na história moderna do país, atingiu os arredores de Marraquexe, uma região muito habitada, e devastou vilarejos inteiros. Equipes do país e de fora ainda buscam por desaparecidos.
MARROCOS – O número de mortos no forte terremoto que atingiu o Marrocos na semana passada subiu para 2.862, segundo um novo balanço do Ministério do Interior divulgado nesta segunda-feira (11).
- Edifício danificado na estrada entre Amizmiz e Ouirgane, após terremoto em Marrocos — Foto: Ahmed El Jechtimi/REUTERS
- O terremoto no Marrocos também atingiu residências na cidade de Amizmiz — Foto: Abdelhak Balhaki/REUTERS
- O terremoto no Marrocos também atingiu residências na cidade de Amizmiz — Foto: Abdelhak Balhaki/REUTERS
- Forças armadas e equipes de resgate marroquinas foram deslocadas para as áreas mais afetadas — Foto: Abdelhak Balhaki/REUTERS
- Pessoas fazem fila em pronto-socorro para doar sangue após terremoto na histórica cidade de Marraquexe, no Marrocos — Foto: Abdelhak Balhaki/REUTERS
- Veículo danificado na cidade histórica de Marraquexe, após terremoto no Marrocos — Foto: Abdelhak Balhaki/ via REUTERS
O tremor, um dos mais destrutivos no mundo nos últimos anos, atingiu os arredores de Marraquexe na noite de sexta-feira (8) com uma magnitude de 6,8, segundo os serviços geológicos norte-americanos, e de 7, segundo o centro marroquino de pesquisa científica e técnica.
O tremor foi o mais poderoso desde que começaram os registros modernos no país e atingiu uma região muito habitada. Outras cerca de 2.562 pessoas ficaram feridas, ainda de acordo com o ministério marroquino, e há também centenas de desaparecidos.
O balanço anunciado na manhã de domingo (10), indicava 2.122 mortos.
Tremores secundários ainda estão sendo registrados , de acordo com relatos de moradores locais.
Buscas
Também nesta segunda-feira, centenas de membros de equipes de buscas de Marrocos e de outros países buscavam por desaparecidos, principalmente na província de Al Haouz, o epicentro do terremoto.
Militares do Reino Unido, da Espanha, dos Emirados Árabes e do Catar já estão no país, com equipamentos avançados de buscas, como microcâmeras para vistoriar escombros.
Um dos principais fatores que dificultam as buscas, segundo relataram membros das equipes à agência de notícias Reuters, é o tipo de construção de casas na região afetada: muitas são feitas de barro, pedra e madeira bruta.
Outro fator que dificulta a ajuda internacional é a demora do governo marroquino em aceitar ofertas e de solicitar oficialmente auxílio, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).
Até a última atualização desta reportagem, a ONU disse que o Marrocos ainda não havia enviado a solicitação oficial de ajuda humanitária. É a partir dessa solicitação que agências das Nações Unidas podem enviar equipes.
Rabat alegou estar ainda avaliando as ofertas de ajuda para que as operações não fiquem descoordenadas.
O país decretou três dias de luto nacional no sábado (9), e líderes de todo o mundo enviaram condolências a Rabat.