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Homem ainda sem identificação comete suicídio por enforcamento próximo do antigo lixão

ANDRADINA – Um homem ainda sem identificação, moreno claro, cabelos levemente grisalhos, vestindo camiseta de alça, na cor preta, e bermuda xadrez, aparentando 60 anos, ou mais, cometeu suicídio por enforcamento na tarde deste sábado, dia 20, em um terreno baldio existente no início da estrada vicinal Emitério Castilho Gimenez, cruzamento com a rua Irlanda, próximo do antigo lixão, no Jardim Europa. Seu corpo foi removido por uma empresa funerária para o IML – Instituo Médico Legal, no bairro Benfica, aguardando que parentes possam perceber a falta dele e ir lá fazer o reconhecimento.

O corpo foi percebido por moradores daquelas redondezas, já que o Jardim Europa se expandiu por todos os quarteirões e várias casas foram construídas, com exceção de poucos terrenos vazios, a exemplo desse beirando aquela estrada vicinal. A cena dantesca chamou a atenção de vários populares.

A Polícia Militar, assim como o Corpo de bombeiros, Polícia Civil e a Polícia Técnico/científica foram acionados e depois dos trabalhos finalizados, o corpo foi removido para o IML – Instituto Médico Legal para posterior identificação, já que o homem não possuía nenhum documento em seus bolsos. A Polícia Civil registrou o caso como morte a esclarecer.

SEGUNDO SUICÍDIO

Esse é o segundo suicídio de pessoas idosas em menos de 10 dias em Andradina, já que na última sexta-feira, 12, um pedreiro de 74 anos identificado por Zequinha, tirou a vida ao se enforcar nos fundos da casa em que morava com familiares localizada na rua 21 de abril, no bairro Passarelli. Segundo o apurado, Zequinha sofria de depressão.

PROCURE AJUDA

O alarme do sentimento suicida

Lidar com o fenômeno do suicídio e com a prevenção envolve aprender sobre a história de vida da pessoa. A ideação suicida é como se fosse uma mensagem, um alarme. “Se simplesmente tentamos desligar esse alarme, sem identificar onde está o fogo e o que ele sinaliza, a possibilidade de mudança é baixa. Portanto, precisamos identificar esse alarme e o que ele está dizendo para abrir o caminho. Só assim a pessoa que está em sofrimento conseguirá identificar que este alarme está sinalizando uma necessidade de mudança”, explica o terapeuta americano Will Hall.

O ato da escuta deve ocorrer de forma profunda, com a compreensão da situação e do sentimento que a pessoa está vivendo. “Quando um jovem está falando que está com sentimentos suicidas e eu pergunto o que está acontecendo, ele pode me responder ‘é porque minha namorada terminou comigo’ e é quando eu vou escutar profundamente para ‘e o que ela terminar com você traz pra você?’ que ele vai poder dizer por exemplo, ‘ela foi a primeira pessoa que eu confiei todos os meus segredos e é isso que eu perdi nessa relação agora’ e então ai eu consigo fazer sentido desse sentimento suicida e entender o motivo desse comportamento presente nesse momento na vida desse jovem.”

Um dos caminhos para o apoio é ajudar a pessoa a ter menos isolamento e mais esperança na possibilidade de mudança e também reassumir o controle sobre isso. “A partir daí, não podemos consertar, não podemos mudar, o que a gente pode fazer é unicamente escutar e ajudar com essa esperança. Se fizermos isso, teremos cumprido com o nosso trabalho”, afirma Will Hall. Ele lembra que não existem dados como idade ou gênero, por exemplo, que possam prever quem será a pessoa que vai se matar, logo é importante sempre fazer o melhor possível.

Ligue para o CVV

O CVV foi fundado por jovens preocupados com o grande número de pessoas que tentavam tirar suas vidas no Brasil. Sabiam desde aquela época, no início da década de 1960, que era preciso ajudar de forma humanitária quem se encontra sem esperança, sem motivação, sem ânimo para lidar com situações difíceis, dores, incompreensão e com pensamentos de morte.

Se precisar conversar ligue 188, 24 horas todos os dias ou acesse www.cvv.org.br

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