Quadrilha que matou médico enforcado em emboscada alugou duas casas para cometer o assassinato. Foto: Polícia Civil/divulgação

Médico encontrado morto em Dourados fazia parte de esquema de estelionato, diz polícia

DOURADOS/MS – O médico Gabriel Paschoal Rossi, de 29 anos, encontrado morto com pés e mãos amarrados em uma casa de Dourados, em Mato Grosso do Sul, fazia parte de um esquema de estelionato, segundo a Polícia Civil. As investigações apontam que ele teria sido morto por cobrar dívidas relacionadas à suspeita Bruna Nathalia de Paiva, presa em Minas Gerais na segunda-feira (07), integrante do esquema e indicada como mandante do crime.

Quem são os suspeitos pela morte de médico?

Além de Bruna, outros três suspeitos de envolvimento na morte do médico foram identificados como Bruna Nathalia de Paiva, Gustavo Kenedi Teixeira, Guilherme Augusto Santana e Keven Rangel Barbosa foram presos em Minas Gerais, e levados para Dourados, em Mato Grosso do Sul, onde o crime aconteceu. A ação que resultou na prisão dos suspeitos teve apoio operacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Civil de Minas Gerais.

O crime

Segundo investigações da Polícia Civil, a relação do médico com o esquema de estelionato era mediada por Bruna, com a qual tinha amizade. Por meio de ações fraudulentas, ele recebia documentos, fazia saques e tinha retorno financeiro. O desentendimento com Bruna teria sido causado por uma das atividades, que gerou uma quantia de dinheiro que ela não aceitou pagar. Ao ser cobrada, a suspeita, então, decidiu planejar o assassinato

Segundo o delegado Erasmo Cubas, Bruna, que morava em Minas Gerais, alugou duas estadias em Dourados, para onde foi com três comparsas. Um dos locais, onde aconteceu o assassinato, foi locado por 15 dias. Outro, por apenas uma noite. As locações levaram os investigadores a acreditar que a ideia da suspeita era permanecer na cidade por apenas dois dias, para colocar o plano em prática, e deixar o corpo no local da morte por mais tempo, propositalmente, até ser encontrado.

A polícia também afirma que a suspeita não esteve no local do crime. Mandou, apenas, que os três homens fossem até a casa, onde Gabriel foi torturado e abandonado, ainda vivo. Além disso, um objeto pontiagudo foi inserido em sua garganta, e um saco plástico — provavelmente utilizado na sessão de tortura — foi achado no local. Instrumentos de tortura comprados em Ponta Porã, município a 120 quilômetros de Dourados, também foram encontrados.

O corpo de Gabriel foi encontrado na última quinta-feira (03/08, )com pés e mãos amarrados. Ele foi dado como desaparecido em 26 de julho, quando deixou o plantão no Hospital da Cassems, na mesma cidade, a pouco mais de 230 quilômetros da capital do estado, Campo Grande. Ele também trabalhava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e no Hospital da Vida.

— A causa morte foi por asfixia, causada provavelmente por um estrangulamento da vítima, bem como a lesão na parte anterior do pescoço, sendo que de início não apresenta outras lesões pelo corpo — diz Erasmo Cubas.

Homenagens

Amigos do médico prestaram homenagens a ele nas redes sociais. Nesta sexta-feira, um amigo de Gabriel fez publicações em que falava sobre o médico, que considerava como “grande amigo e companheiro”. Na postagem, ele afirma que “tentaram tirar tudo” de Gabriel, e diz que “seu sorriso ficará para sempre”.

“Tentaram te tirar tudo, mas seu sorriso ficará para sempre em nossos corações. Grande amigo e companheiro. Não é um adeus, e sim um até logo! Em breve nos encontraremos novamente no céu!”, diz a publicação.

Na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), onde Gabriel integrou a 20ª turma de medicina e se formou em março deste ano, colegas de graduação se reuniram, com banners e roupas pretas, para homenagear o médico. O funeral de Gabriel aconteceu no fim de semana, em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, onde nasceu.

Fonte: fatimaemdia.com.br

Comments are closed.

error: Solicite a matéria por email!