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TRAGÉDIA EM INDEPENDÊNCIA: Acusado é condenado a 11 anos e 15 dias de prisão

A tragédia provocou duas mortes e atropelamento de outras 15 e é considerada como a maior da história do município

NOVA INDEPENDÊNCIA – O acusado pela maior tragédia ocorrida na cidade de Nova Independência, Paulo Alves da Silva, de 50 anos, foi condenado a uma pena de 11 anos de reclusão e 15 dias multa, em sentença lida pelo juiz de direito Alexandre Rodrigues Ferreira ao réu, em júri popular realizado no fórum local na quarta-feira, 16. Ele já está preso há dois anos, desde a data do ocorrido.

O júri composto por quatro homens e três mulheres, iniciou as 10h25 de quarta-feira (16) e encerrou por volta das 2h10 da madrugada desta quinta-feira (17) no plenário do Fórum de Andradina.

Paulo, foi condenado a 10 anos e seis meses pela morte de João Bringel e Jhonatan Coelho Rocha, além do atropelamento de outras 15 pessoas, no dia 26 de janeiro de 2020, durante a festa de aniversário de um comerciante em Nova Independência. Ele ainda pegou mais seis meses por embriaguez ao volante e 15 dias multa após agredir uma mulher no mesmo dia do ocorrido.

Após a condenação, Paulo retornou para o Centro de Detenção Provisória de Caiuá, onde está preso desde o dia da tragédia no município e deve aguardar remoção para uma penitenciária estadual, caso seu advogado já não peça liberdade condicional por ter cumprido praticamente 1/6 da pena.

O Ministério Público poderá recorrer ao TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) e pedir uma nova condenação.

Todas as vítimas estiveram no fórum, ou através de vídeo para prestar depoimento como testemunhas dos fatos, embora algumas foram dispensadas.

Da parte do Ministério Público atuou o promotor substituto Carlos Leonardo Martins da Silva. Já na parte da defesa do réu, os advogados Edilson Gomes da Silva, Ariane Gomes Fontes e Tainá de Lima Venâncio.

Durante o interrogatório de Paulo, ele negou a todo instante, a intenção de matar as duas pessoas e jogar a sua caminhonete contra as demais. Com a voz embargada, pediu perdão para todas as vítimas, e repetiu por diversas vezes, que “se pudesse daria sua vida no lugar das pessoas que morreram naquela tragédia”.

Segundo Paulo durante o depoimento ao júri, ele estava em baixa velocidade, porém mesmo assim, perdeu o controle do veículo ao passar por uma valeta, localizada na esquina do bar, bater o queixo, desmaiar e não conseguir realizar a conversão a esquerda, e consequentemente evitar o atropelamento em série.

Ao ser indagado pelo juiz se estava embriagado, ele negou, porém, um laudo apresentado pelo promotor de justiça aos jurados, confirmou a embriaguez ao volante.

A mãe do réu, de 84 anos, o pai de 90 anos, filhos, entre outros familiares do réu, acompanharam todo o julgamento.

RELEMBRE A TRAGÉDIA

Dois homens morreram na ocasião: João Bringel, Jhonatan Rocha, além de diversas pessoas ficaram feridas no atropelamento ocorrido na noite de domingo, 26 de janeiro em Nova Independência (SP).

Todos os feridos foram socorridos por ambulâncias do setor de saúde do município, além do Corpo de Bombeiros para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Andradina. As pessoas com casos mais graves foram encaminhadas para a Santa Casa de Andradina (SP).

Tudo começou quando Paulo  Alves da Silva, enciumado com a demora da esposa que teria ido ao bar, e ao tirar satisfação com ela, acabou agredindo outra mulher que estava sentado na mesa ao lado, onde estava ocorrendo o aniversário do comerciante.

Conforme apurado pela reportagem no local na época dos fatos, algumas pessoas ficaram revoltadas com a agressão do homem e revidaram com agressões também contra ele.

Paulo foi para sua residência, pegou sua caminhonete S-10 de cor preta, e seguiu em alta velocidade pela Rua José Bonifácio, atingindo as pessoas no cruzamento com a Avenida Nosso Senhor do Bonfim e batendo frontalmente contra uma árvore.

Moradores revoltados retiraram o homem da caminhonete e o agrediram. Ele ficou ferido e chegou a ser socorrido para a Santa Casa de Andradina, onde ficou internado durante a noite sob escolta da Polícia Militar.

No dia seguinte, foi levado para a Delegacia de Polícia Civil para prestar depoimento e depois foi encaminhado para a CDP (Centro de Detenção Provisória) de Nova Independência.

João Bringel e Jhonatan Rocha foram velados e sepultados no dia seguinte, sob forte comoção de familiares e amigos em Nova Independência.

Com informações do site Hoje+ Três Lagoas

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