O pintor Jorge Alves, o “Capim”, pai das crianças, foi o primeiro a ser preso na manhã de sexta-feira, no bairro Pereira Jordão. Foto: MANOEL MESSIAS/Agência

Pai e padrasto são presos pela Polícia Civil acusados de estupro de vulnerável

Crianças de 4 e 5 anos sofreram atos libidinosos do pai (lascívia), e estupro do padrasto, que teria feito isso com o dedo, segundo acusações que estão sendo investigadas. Uma outra menina de 8 anos se recusa a ser submetida a exames de corpo delito.

ANDRADINA – A Polícia Civil, através da DDM – Delegacia de Defesa da Mulher, capturou neste último final de semana, em cumprimento a Mandados de Prisões, em caráter temporário, os pintores Jorge Alves, o “Capim”, de 59 anos, e Washington Charles Santos Otone, o “Dentinho”, de 35 anos, acusados de estupros de vulnerável. As vítimas são duas irmãs de 4 e 5 anos, e os acusados são pai e padrasto das duas crianças, respectivamente. Encaminhados ao plantão policial, os dois foram recolhidos à cadeia de Pereira Barreto.

A prisão dos dois aconteceram depois que agentes de redes de proteção à criança e ao adolescente constataram situações anormais enquanto faziam atendimento domiciliar na casa das duas crianças, localizada na rua Evandro B. Calvoso, no bairro Pereira Jordão, denunciando o caso ao Conselho Tutelar, que passou a investigar a investigar a conduta de “’Capim”, já separado da mãe das crianças a pelo menos 1 ano e meio.

Depois de constatadas as denúncias, as duas crianças foram retiradas da residência e ficadas em um abrigo, sob tutela do município. No abrigo e se sentindo mais protegidas, as duas crianças contaram que pai o dela (Capim, o principal suspeito até então), praticava atos libidinosos nelas (lasciva), como beijar de língua, passar a mãos de forma acintosa em seus corpos e até colocar a prótese (dentadura), nas bocas delas.

Enquanto agentes da DDM investigavam o pintor “Capim”, surgiu então a informação de que o padrasto “Dentinho”, com quem já convivia com a mãe das crianças por um ano e meio, teria praticado atos mais graves ainda, como introduzir o dedo nas partes íntimas delas. Exames periciais, ainda não confirmados pela DDM teriam constatado os rompimentos dos hímens das duas crianças.

O primeiro a ser preso foi Jorge Alves, o “Capim”, capturado na manhã de sexta-feira (14), no cruzamento das ruas Paes Leme com Silva Jardim, no bairro Pereira Jordão, pela equipe composta pela policial da DDM, Adriana Paschoalin, com apoio dos policiais da DISE – Delegacia de Investigações Gerais, Jota Coimbra e Marcell Rafael. A princípio negou as acusações e acha que foi coisa armada pela ex-mulher dele e o companheiro dela, justamente “Dentinho”. A prisão de Capim não havia sido amplamente divulgada justamente para que o segundo acusado não fugisse.

PRISÃO DE “DENTINHO”

Já na noite de domingo (16), a policial Adriana Paschoalin, sozinha, prendeu o outro acusado, o pintor Whashington Otoni, o “Dentinho”, que estava pernoitando em uma igreja evangélica localizada na rua Alexandre Salomão, centro. Ele foi detido quando caminhava da casa de um pastor onde jantou e estava a caminho da referida igreja, quando foi avistado pela policial. Não ofereceu resistência e uma viatura da Polícia Militar ajudou-a a conduzir o capturado até o plantão policial.

“Dentinho” negou tudo isso, dizendo à reportagem que se tivesse feito algo de errado já teria fugido, tamanha a repercussão do caso. Porém, no plantão policial informou que só se pronunciará em juízo. A delegada da DDM, Michele Miliorini também preferiu não se pronunciar neste caso que envolve crianças de apenas 4 e 5 anos de idade.

Uma outra irmã das crianças, de 8 anos, não quis ser submetida a exames de um médico legista, por isso não foi possível constatar se ela também foi vítima de um dos dois acusados.

Agora a Polícia Civil tem 30 dias para aprofundar as investigações e concluir o inquérito. Ao que tudo indica, as prisões temporárias dos dois serão requeridas para serem convertidas em preventivas. Caso isso aconteça, a Justiça determinará o recolhimento dos dois a uma penitenciária que abriga acusados de crimes sexuais. Uma delas pode ser Lucélia.

MIL NOTICIAS/Agência

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