Rafael de Lima Serrano tinha 24 anos quando foi morto — Foto: Reprodução/TV TEM

Quatro pessoas da mesma família são condenadas por matar jogador no interior de SP

Rafael de Lima Serrano foi morto na casa da ex-namorada em 2015, em Catanduva. Júri popular durou mais de 17 horas e absolveu a mãe da jovem; advogados negam participação dos condenados no crime.

CATANDUVA – O júri popular da família acusada de matar um jogador de futebol em Catanduva (SP) durou mais de 17 horas e terminou na madrugada desta quinta-feira (25). Dos cinco réus, sendo a ex-namorada da vítima e todos parentes dela, quatro foram condenados a cumprir pena em regime fechado.

Rafael de Lima Serrano, de 24 anos, foi morto com quatro tiros e dois golpes de canivete na casa da ex-namorada, em 2015. O corpo foi encontrado três dias depois em um canavial.

Na época, a polícia informou que o motivo do crime teria sido uma discussão sobre a paternidade do bebê esperado pela ex-namorada da vítima.

As três mulheres e os dois homens foram denunciados por homicídio qualificado por motivo torpe – vingança e meio cruel -, tortura, ocultação de cadáver e emboscada.

De acordo com a Justiça, 20 testemunhas de acusação e defesa foram convocadas para o julgamento. O júri decidiu que Kátia Martins Staine, mãe da ex-namorada do jogador, não teve participação no crime, e ela foi absolvida.

Veja a condenação dos réus:

Natália Cristina Staine, ex-namorada: 21 anos de prisão;

Natanael da Silva Staine, primo e namorado de Natália: 25 anos de prisão;

Jean Lucas Carobeno, primo de Natália: 24 anos de prisão

Tamires Cristina Staine, prima de Natália: 16 anos de prisão.

Os advogados de defesa negam a participação dos quatro condenados no crime.

A mãe e a irmã de Rafaek estavam entre as testemunhas de acusação do júri. O delegado responsável pelas investigações também foi ouvido no julgamento. Ele contou que descobriu conversas de WhatsApp que incriminavam os acusados.

“O planejamento e a emboscada que eles estavam armando para eles ali na residência, e depois foi a comemoração deles em relação aos detalhes da execução do crime, coisas horrendas”, disse o delegado Hélvio Bolzani.

Investigação

De acordo com as investigações, a vítima foi morta com uma facada e três tiros, dentro da casa da ex-namorada. A polícia investigou que Natália, a mãe, a irmã, o atual namorado, um cunhado e um amigo teriam armado a emboscada e chamado o rapaz para uma conversa na casa.

Ainda conforme a investigação, o motivo do crime foi a gravidez da ex-namorada e discussões em torno da paternidade. Na época, a polícia informou que os suspeitos teriam chamado Rafael para uma conversa dentro de casa por causa da gravidez, quando o mataram.

Além das provas colhidas ao longo da investigação a polícia conseguiu ter acesso a mensagens trocadas pelos suspeitos por meio de um aplicativo de celular. Nas conversas eles revelam detalhes de como tudo foi planejado e acabou na morte do jovem.

G1

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