Fuzis apreendidos em lancha na Baía de Guanabara (Foto: Reprodução/TV Globo).

Polícia intercepta lancha com armas usadas na guerra do Leme

Três homens foram detidos. Tráfico da Maré tentava recolher fuzis deixados para trás na fuga.

RIO DE JANEIRO/RJ – Policiais civis da 27ª DP (Vicente de Carvalho) apreenderam cinco fuzis, três pistolas, granadas e munições dentro de um barco na Baía de Guanabara, no fim da noite desta segunda-feira (11).

Fuzis apreendidos em lancha na Baía de Guanabara (Foto: Reprodução/TV Globo).

Fuzis apreendidos em lancha na Baía de Guanabara (Foto: Reprodução/TV Globo).

Os agentes interceptaram a embarcação depois de receberem uma informação de que traficantes do Complexo da Maré haviam resgatado, pelo mar, armas que haviam sido deixadas para trás durante a guerra no Morro da Babilônia, no Leme, no último fim de semana.

G1 descobriu que outro grupo de traficantes buscou a mata para se abrigar. Nem a presença de dois quartéis do Exército junto ao maciço, em ambos os lados, intimidou os criminosos.

Dentro do barco interceptado estavam três homens, que não reagiram à abordagem. Eles serão autuados em flagrante por associação para o tráfico e porte ilegal de armas.

“Eles adotaram uma rota incomum para retirar as armas da favela. E iam trazer o material de volta para a Maré, que foi quem apoiou a guerra com homens e armas. Mas conseguimos interceptar e tirar mais algumas dessas armas de guerra de circulação”, diz o delegado Marcus Vinicius Amim.

Entre as armas apreendidas havia um fuzil AR-10, três G3 e um FAL, além de três pistolas Glock, granadas e diversos carregadores de fuzil. “É um armamento de grosso calibre. Foi uma surpresa para nós; as três pistolas, de origem americana, são de ponta”, detalhou Amim.

Fim de semana de tensão

Traficantes de outra quadrilha tentaram na sexta-feira (8) invadir as comunidades do Leme, e houve intenso confronto. Quando a polícia chegou, parte dos bandidos fugiu pela mata. Novo tiroteio chegou a parar os bondinhos do Pão de Açúcar e a operação do Aeroporto Santos Dumont.

Sete corpos foram encontrados no domingo e já foram identificados. Os parentes admitiram que eles eram traficantes, mas acusam a polícia militar de execução. A PM nega.

Os policiais acreditam que os homens presos no barco nesta segunda-feira também estavam no dia do confronto. “Sem dúvida nenhuma eles estavam na invasão, até porque eles conseguiram achar esse armamento dentro da mata e à noite”, explicou o delegado.

G1

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