Nesta quarta-feira (9), tem início o maior julgamento da história de Três Lagoas/MS. Foto: Celso Daniel/Patrulha News

17 envolvidos em execução de policial militar em Três Lagoas vão a júri

Um forte esquema de segurança foi montado nas imediações do Fórum

TRÊS LAGOAS/MS – Nesta quarta-feira (9), tem início o julgamento de 17 homens integrantes de facção criminosa atuante em Mato Grosso do Sul. Eles são réus pela morte do policial militar Otacílio Pereira de Oliveira (60) no ano de 2013 em Três Lagoas.

Esse é o maior julgamento da história da cidade e a movimentação em frente ao Fórum é gigantesca. Imprensa, policiais e um grande esquema de segurança montado.

Em entrevista ao Patrulha News o Major Ênio disse que  os elementos a serem julgados são de alta periculosidade e policiais do batalhão de choque, policiais de escolta de presos, aeronave do grupamento aéreo de Campo Grande, policiais do Garras, agentes penitenciários federais e policiais federais fazem parte das equipes que tratam da segurança no local.

Em 2013 o Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros)  ficou responsável pelas investigações e 21 pessoas envolvidas na execução foram indiciadas. Disso, 19 foram denunciados, sendo que 17 supostos integrantes da facção  tiveram a denúncia acolhida e foram mandados a júri popular.

Foi atribuído que o grupo de criminosos tinham o objetivo de cumprir um “salve”, ou seja, uma ordem vinda de um integrante maior, detendo do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. A determinação era para que os integrantes executasse policiais em Três Lagoas, com o intuito de demonstrar a força da organização criminosa.

Morte do policial

O policial militar  que também atuava como mototaxista em Três Lagoas, estava na reserva e foi executado na noite de 6 de março de 2013, quando chegava em casa em uma motocicleta. A mulher da vítima disse à polícia ter ouvido o barulho e encontrou o policial ferido pelos tiros. Antes de ele morrer, Otacílio contou para a esposa que havia sido atacado por quatro pessoas.

O próprio sobrinho de Otácilo fazia parte da organização criminosa e teria indicado o tio para a morte. Ele foi escolhido por ser supostamente um alvo fácil. Ele sabia que o militar aposentado tinha trabalhado a maior parte da vida no administrativo e não andava armado.

Julgamento

O julgamento foi desmembrado e serão realizadas três sessões. De acordo com despacho do juiz Rodrigo Pedrini Marcos, da 1ª Vara Criminal de Três Lagoas, sob os réus pesam acusações de crimes diferentes. Na primeira sessão, que acontece hoje, serão julgados os réus Maicon Gomes de Souza e Marcos Barbosa. Ambos são acusados dos crimes de homicídio qualificado e constituição de milícia privada e estão presos cautelarmente em estabelecimentos penitenciários federais.

O segundo julgamento foi designado para o dia 14 de maio, ocasião em que serão julgados os réus João Carlos Olegário da Silva, Jorge Aparecido dos Santos, Cleverson Messias Pereira dos Santos e Jair da Costa Silva. Estes réus são acusados dos crimes de homicídio qualificado e constituição de milícia privada e estão presos cautelarmente, mas em estabelecimentos penais localizados no Estado de Mato Grosso do Sul.

O terceiro julgamento será em 23 de maio, ocasião em que serão julgados os réus Thiago Cintas Bertalia, Ivan Verdugo Maciel, Michel Cazeto Ortiz, Fernando Rodrigues Monteiro, Jhonatan dos Santos Avelino, Douglas dos Santos Almeida, Luis Felipe Miranda Rios Saito, Fabrício da Silva Almerindo dos Santos, Ederson Santos de Oliveira, Francolino Teixeira da Silva e Fernando Anselmo dos Santos, que foram pronunciados somente com relação ao crime de constituição de milícia privada e não estão presos cautelarmente no âmbito do referido processo.

Patrulha News

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