Fernanda Delarice desapareceu no final de março e foi achada na zona rural de Jardinópolis. Marido da vítima é o principal suspeito e está foragido.
JARDINÓPOLIS/SP – Um exame de DNA confirmou que o corpo encontrado em um canavial de Jardinópolis (SP) é da auxiliar administrativa Fernanda Aparecida Delarice, de 36 anos, que desapareceu de casa em Ribeirão Preto (SP) no final de março.
A vítima já tinha sido identificada pela família por meio de uma tatuagem no pé. As investigações apontam que Fernanda morreu esfaqueada dentro de casa.
O principal suspeito no crime é o marido da auxiliar, o empresário Otávio Rodrigo Dias da Silva, de 36 anos, que teve a prisão temporária decretada por 30 dias e está foragido.
A confirmação é do Instituto Médico Legal (IML), que apontou compatibilidade entre o material genético da ossada encontrada no canavial próximo à Rodovia Anhanguera (SP-330) em 31 de março e o da irmã da vítima, apurou a EPTV, afiliada da TV Globo.
O caso investigado como feminicídio e ocultação de cadáver chegou à polícia depois que a família de Fernanda relatou o desaparecimento.
Câmeras de segurança de um imóvel vizinho ao do casal registraram o momento em que ela e o marido chegaram à casa no Parque dos Bandeirantes com sacolas de compras na tarde de 30 de março. Depois disso, os vídeos não mostram mais a mulher, segundo o delegado Claudio Salles Junior, responsável pelo caso.
Salles Junior contou que a picape do casal ficou estacionada do lado de fora da casa durante a noite de 30 de março e a madrugada seguinte. Na manhã do dia 31, às 7h49, Otávio colocou o veículo de ré na garagem. Às 9h29, um comparsa do empresário chegou em um utilitário.
As imagens mostram ainda que, 20 minutos depois, o portão da casa foi aberto, o homem manobrou o utilitário estacionado na rua e voltou para a garagem. Nese momento, segundo o delegado, Otávio e o comparsa deixaram o imóvel com o corpo de Fernanda na caçamba da picape.
O corpo carbonizado foi encontrado na tarde de 31 de março, às margens da Rodovia Anhanguera em Jardinópolis.
Salles Junior disse que ainda não é possível afirmar se o crime foi premeditado. Entretanto, disse ter certeza que o empresário articulou uma série de situações para encobrir o assassinato, como atender o celular de Fernanda sempre que a mãe dela ligava.
Para a polícia, Otávio também forjou um áudio enviado pelo WhatsApp de Fernanda à sogra, dois dias após o crime, em 1º de abril. A dona de casa Antônia da Silva Delarice chegou a afirmar que tinha certeza que a voz na gravação não era da filha.