Lucas se recupera da cirurgia em casa e diz que não quer mais voltar para a escola (Foto: TV Anhanguera/Reprodução).

Estudante quebra os dois cotovelos após levar rasteira de colega em escola de Goiatuba; polícia apura caso

Garoto, que precisou ser operado, diz que era vítima de bullying e que não quer mais voltar para a escola. Delegado afirma que trata caso como uma ‘brincadeira irresponsável’.

GOIATUBA/GO – Um estudante de 16 anos quebrou os dois cotovelos após levar uma rasteira de um colega, da mesma idade, na Escola Estadual Maria de Lourdes Estivalet Teixeira, em Goiatuba, região sul de Goiás. Por conta das fraturas, Lucas Lourenço Lima precisou ser operado, terá que fazer fisioterapia e ainda não pôde – nem quer – voltar às aulas, pois afirma que era vítima de bullying. A Polícia Civil apura o caso.

G1 entrou em contato com a Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), por email, às 8h36 desta quarta-feira (25) e aguarda retorno.

Lucas se recupera da cirurgia em casa e diz que não quer mais voltar para a escola (Foto: TV Anhanguera/Reprodução).

Lucas se recupera da cirurgia em casa e diz que não quer mais voltar para a escola (Foto: TV Anhanguera/Reprodução).

De acordo com a mãe de Lucas, a gari Celma Maria Lourenço, de 39 anos, logo após a queda, ela levou o adolescente até uma unidade de saúde de Goiatuba. Devido à gravidade do caso, ele foi encaminhado para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde passou pela cirurgia.

O procedimento foi realizado no cotovelo direito, onde demandou a colocação de um pino. O esquerdo precisou ser engessado. Celma contou que, antes do ocorrido, o filho pedia para não ir à escola, mas ela achava que se tratava de preguiça dele.

“Ficamos duas semanas em Goiânia. Quando voltamos para casa é que ele contou que era vítima de bullying na escola por ser muito calado e quieto. Fiquei surpresa, pois nunca havia percebido nada”, disse ao G1.

Lucas, que se recupera em casa, cursa no 9º ano do ensino fundamental. O caso aconteceu no último dia 6 de março, no pátio, durante o recreio. Quase dois meses depois, ele ainda se recupera da operação em casa. O garoto diz que era vítima de ofensas dos colegas e que não deseja voltar ao colégio.

“Eles me xingavam, noiadinho, paradão, porque eu era quietinho. Quero mudar de escola”, afirma.

A diretora da escola, Thaisa Borges Félix, disse afirmou que todos foram pegos de surpresa com o caso, já que a instituição faz campanhas contra todo tipo de discriminação.

“Ele [aluno que deu a rasteira] me confessou muito arrependido. Dei três dias de suspensão para ele e convoquei os pais”, conta.

Investigação

Indgnada, a mãe registrou uma ocorrência da delegacia de Goiatuba. O delegado responsável pelo caso, Patrick Carniel, disse que já ouviu os depoimentos da vítima, colegas e funcionários da escola. O depoimento do garoto que deu a rasteira deve ocorrer ainda nesta semana.

“Falei informalmente com os pais. Eles informaram que o garoto admtiu ter dado a rasteira, mas alegaram que ele não agiu com o intuito de machucar o colega ou mesmo praticava bullying contra ele”, afirmou ao G1.

Carniel afirma ainda que trata o caso como um ato infracional análogo ao crime de lesão corporal, mas que, a priori, sem ligação com bullying. “Parece ter sido mais uma brincadeira irresponsável”, sustenta.

G1

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