Casa onde a vítima foi morta na noite de 15 de setembro de 2017, no bairro Universitário (Foto: Flávia Galdiole/TV Morena).

Homem que matou ex a tesouradas em MS vai a júri por homicídio qualificado e feminicídio

Mayara Holsback foi assassinada em 15 de setembro de 2017. MP denunciou o homem de 32 anos por homicídio duplamente qualificado.

CAMPO GRANDE/MS – O homem de 32 anos, acusado de ter matado Mayara Fontoura Hosback, de 18 anos, a tesouradas em setembro do ano passado, em Campo Grande, será julgado na 1ª Vara do Tribunal do Júri por homicídio qualificado por motivo torpe e feminicídio. Roberson Batista da Silva confessou o crime e contou sobre o relacionamento com Mayara.

Casa onde a vítima foi morta na noite de 15 de setembro de 2017, no bairro Universitário (Foto: Flávia Galdiole/TV Morena).

Casa onde a vítima foi morta na noite de 15 de setembro de 2017, no bairro Universitário (Foto: Flávia Galdiole/TV Morena).

O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida decidiu na segunda-feira (16) manteve a qualificadora de motivo torpe, mas não aceitou a de que o acusado usou de recurso que dificultou a defesa da vítima.

O Ministério Público do Estado (MP-MS) havia denunciado Silva, em 20 de novembro do ano passado, por feminicídio qualificado pelo motivo torpe e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima.

Segundo a denúncia do MP, Silva teria agido por motivo torpe, porque teria ciúmes da vítima. O acusado teria cometido o crime por vingança por não aceitar que ela continuasse a fazer programas sexuais, além de não aceitar o fim do relacionamento para ficar com outra pessoa.

Em relação à qualificadora de recurso que dificultou a defesa da vítima, na denúncia o acusado teria mantido relações sexuais com Mayara para surpreendê-la ao se posicionar por cima dela e dar-lhe uma cabeçada no rosto. Depois ele teria segurado as mãos dela para golpeá-la com uma tesoura por diversas vezes, sem que pudesse esboçar qualquer reação.

Mas o magistrado afastou essa qualificadora por entender que não houve provas sobre a dinâmica dinâmica durante a fase de formação da culpa.

Por fim, em relação ao feminicídio, a acusação alega que o crime foi praticado em um contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher. Para o juiz, há probabilidade de os fatos terem ocorrido nesse contexto e, por isso, manteve a qualificadora para ser decidida pelo Tribunal do Júri.

Na última audiência, foram ouvidos a mãe e o irmão do acusado e Roberson Batista da Silva, que ficou foragido até início de novembro. Na decisão, Garcete manteve a prisão preventiva porque o acusado só foi localizado após a expedição de mandado.

Entenda o caso

Mayara Fontoura Hosback foi encontrada morta no interior da própria residência, no bairro Universitário, no dia 15 de setembro de 2017. A vítima apresentava perfurações na região do pescoço e foi encontrada uma tesoura coberta de sangue sobre a cama.

O acusado disse em depoimento que no dia dos fatos, após ela o ofender, ele partiu para cima dela, que chegou a mordê-lo na mão e o arranhou, enquanto ele aplicava os golpes no pescoço. A Justiça determinou exumação do corpo no início de março deste ano para analisar as unhas da vítima.

G1

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