Edson Aparecido, ex-homem forte do governo Alckmin e atual diretor-presidente da Cohab (Foto: Pedro Carlos Leite/G1)

MP de São Paulo pede bloqueio de bens e perda de cargo do presidente da Cohab

Ele é investigado por suspeita de enriquecimento ilícito em caso de compra de imóvel. Prefeitura não vai comentar.

SÃO PAULO – Ministério Público de São Paulo pediu nesta segunda-feira (12) o bloqueio de bens e a perda da função pública e dos direitos políticos de Edson Aparecido dos Santos, diretor-presidente da Cohab.

Edson Aparecido, ex-homem forte do governo Alckmin e atual diretor-presidente da Cohab (Foto: Pedro Carlos Leite/G1)

Edson Aparecido, ex-homem forte do governo Alckmin e atual diretor-presidente da Cohab (Foto: Pedro Carlos Leite/G1)

Em ação civil de improbidade administrativa, o promotor Marcelo Milani pede ao setor de perícias do MP uma análise da evolução patrimonial de Santos. “Concluiu-se pela incompatibilidade entre a renda auferida e os gastos efetuados pelo investigado”, diz o documento.

Aparecido foi nomeado para a Cohab logo que o prefeito João Doria (PSDB) assumiu a gestão, em janeiro de 2017. A empresa municipal é a responsável por construir unidades habitacionais para a população de baixa renda na capital.

Edson Aparecido informou que ainda não tomou conhecimento da ação do Ministério Público. Ele também reafirma sua inocência em relação ao que é investigado. A Cohab e a Prefeitura de São Paulo informaram que não vão comentar o caso.

Santos havia deixado o cargo de secretário estadual da Casa Civil da gestão de Geraldo Alckmin em 2016, poucas semanas após o Ministério Público de São Paulo começar a apurar se o patrimônio dele é compatível com os vencimentos de cerca de R$ 19 mil que recebia. Ele possui casa no litoral norte paulista e um apartamento de luxo na capital comprado por valor abaixo do preço de mercado.

A investigação

Edson Aparecido passou a ser investigado em 2016 após a compra de um apartamento na Vila Nova Conceição, área nobre da Zona Sul paulistana. Ele pagou R$ 620 mil reais num imóvel que havia sido vendido por mais de R$ 1 milhão seis meses antes.

Em depoimento, Edson disse que não possuía nenhuma outra fonte de renda além da remuneração de deputado estadual e que uma parte do valor pago, R$ 110 mil, tiveram origem em empréstimos em dinheiro vivo da atual esposa e de sua secretária particular.

O Ministério Público também descobriu que Edson Aparecido possui outros dois imóveis: uma casa num condomínio de luxo em Maresias, no litoral norte, e um sítio em Ibiúna, na Grande São Paulo.

“Com o salário que ele tinha não dava pra comprar nenhum dos bens” afirmou o promotor Marcelo Milani na ação.

G1

Comments are closed.

error: Solicite a matéria por email!