Kleidson Alves dos Santos, hoje com 27 anos, surpreendeu todo mundo quando confessou os três crimes. Foto: Arquivo de família

Acusado de atirar e deixar zelador da rodoviária paraplégico vai a júri popular

ANDRADINA – Vai a júri popular na manhã desta quarta-feira (21), a partir das 10h, no fórum de Andradina, o jovem Kleidson Alves dos Santos, agora com 27 anos, acusado de tentar assassinar o comerciante Sebastião Aparecido Bini, de 62 anos, alvejado com um tiro nas costas na madrugada de 11 de fevereiro de 2012, quando entrava no trabalho na rodoviária de Andradina, onde tinha a concessão da exploração do serviço de limpeza dos banheiros do local. O tiro deixou a vítima paralitica e, desde então, se locomove somente em cadeira de rodas.

Kleidson é acusado de assassinar em maio do mesmo ano, com um tiro na cabeça o comerciante Sérgio Alves Colacino, então com 52 anos, em frente da casa da vítima localizada na rua Paraíba, travessia da linha. Porém, ainda não há data prevista de quando ele será submetido a júri por esse bárbaro crime, que deixou a cidade estarrecida pela frieza do assassinato.

A família de Sebastião Bini, que era conhecido pelo apelido de “Gato”, na época dos fatos, prometeu comparecer em massa no julgamento.

O CRIME

Na madrugada de 11 de fevereiro de 2012, próximo de 5h, o comerciante Sebastião Bini, então 56 anos à época, foi alvejado pelas costas por um (até então) desconhecido, quando chegava para trabalhar na rodoviária de Andradina.

Segundo a vitima, quando chegou à rodoviária, estranhou a presença de um motoqueiro no local com capacete na cabeça, sem tirá-lo, dando a entender que o mesmo não queria mostrar o rosto.

O rapaz permaneceu no local enquanto a vitima se distraiu lavando um coador de café e não teve tempo para qualquer reação, pois o criminoso, sem dizer nada disparou um único tiro em suas costas, fugindo em seguida sem levar nada.

Sebastião Bini foi levado até à Santa Casa de Andradina, onde os médicos constataram que a bala está alojada na coluna e por isso foi removido numa ambulância UTI móvel para Araçatuba, onde passou por cirurgia com um neorocirurgião para retirada do projétil, porém , acabou ficando paraplégico.

Bini era à época detentor da concessão que administrava a limpeza e uso dos banheiros da rodoviária local, e trabalhava junto com a esposa Leonilde Bini e também ajudava a fazer a segurança do local. Na época pensou-se que o agressor fosse alguma pessoa que tivesse tido algum desentendimento com ele por causa da segurança do local, porém, com o tempo, isso foi descartado.

SÉRGIO COLACINO

Kleidson Alves dos Santos, 21 anos à época, acabou sendo descoberto depois que assassinou em maio de 2012 o comerciante do ramo de papelaria e locadora de vídeo, Sérgio Alves Colacino, 52 anos. Os policiais da DIG – Delegacia de Investigações chegaram ao acusado após denúncias, já que ele foi visto por diversas vezes nas proximidades da casa da vítima.

Sérgio Colacino conhecia o autor, pois frequentava o comércio do pai de Kleidson.

No quarto do acusado, os policiais civis encontraram dois revólveres, calibre 38, sendo um da marca Taurus e outro de marca Rossi, além de 14 projéteis intactos e do mesmo calibre. Na delegacia, Kleidson confessou o assassinato, dando detalhes do crime, inclusive que já havia tentado duas vezes surpreender o comerciante, mas que foi salvo por estar acompanhado da esposa Antônia Colacino.

A EMBOSCADA

Na noite do homicídio, mais uma vez, o jovem seguiu os passos da vítima, parou o carro que dirigia, um Ford Fiesta sedan na cor prata, de propriedade da família, desceu e atirou em Colacino deixando o local. Ainda, em seu depoimento, Kleidson falou que não tinha certeza da morte do comerciante, pois atirou e saiu do local, sabendo apenas na manhã seguinte. Sérgio Colacino era filho do pioneiro Henrique Colacino, um dos percussores da imprensa na cidade, o crime chocou a cidade tanto pela frieza, como pelo inesperado, já que a vítima era um cidadão de bem.

A REVELAÇÃO

Kleidson voltou a surpreender policiais, imprensa e familiares da vítima, quando respondeu a delegada à época Dra Milene Davoli (DDM), que também foi autor das cartas que ameaçavam de morte uma funcionária do comércio local e da tentativa de homicídio ao zelador da Rodoviária, Sebastião Bini (Tião Gato). (com informações de sites da época dos fatos)

MIL NOTICIAS/Agência

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