Dyonathan Celestrino, quando foi preso. - Crédito: Reprodução

Juiz diz que prisão é ilegal e determina transferência do “Maníaco da Cruz”

CAMPO GRANDE/MS – O juiz Caio Márcio de Britto solicitou que Dyonathan Celestrino, 25, o “Maníaco da Cruz”, seja transferido, com urgência, para uma unidade de saúde. Atualmente, o rapaz que matou três pessoas em 2008, está preso na ala de saúde do Instituto Penal de Campo Grande.

Dyonathan Celestrino, quando foi preso. - Crédito: Reprodução

Dyonathan Celestrino, quando foi preso. – Crédito: Reprodução

Conforme decisão do magistrado publicada pelo Correio do Estado, a situação do interno está irregular e ilegal. O estabelecimento penal onde ele se encontra, ainda que tenha local destinado à saúde, não é apropriado para receber pessoas acometidas por deficiência mental que não tenham sobre si qualquer acusação ou condenação criminal.

“Não há como tapar o sol com a peneira, ou seja, se o Estado não dispõe de local apropriado para recuperação de doentes mentais, não pode introduzi-los no sistema penitenciário, especificamente na ala de saúde, porque lá não é local apropriado para recebe-los”, afirma o juiz.

Conforme Britto, Dyonthan deverá ser transferido imediatamente  para outro local, diferente da unidade penal onde se encontra. A Agepen já foi notificada, bem como a 2ª Vara da Família de Campo Grande e a Coordenadoria das Varas de Execução Penal (Covep).

A Agepen informou que aguarda decisão do juízo competente para as devidas providências. Enquanto isso, Dyonathan permanece no Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), onde participa de atividades de reinserção, inclusive cursa graduação EAD em Gestão Ambiental. 

Ele também é acompanhado por uma médica psiquiatra da Secretaria Estadual de Saúde, bem como por uma equipe multidisciplinar do setor de saúde da unidade prisional.

Maníaco da Cruz

Dyonathan ficou conhecido como ‘Maníaco da Cruz’ em 2008, quando tinha apenas 16 anos, depois de matar o pedreiro Catalino Gardena, a frentista Letícia Neves de Oliveira e a jovem Gleice Kelly da Silva e deixar seus corpos posicionados em sinal de crucificação em cemitérios.

As vítimas eram submetidas a uma ‘sessão de perguntas’ sobre seus comportamentos sexuais antes de serem executadas por serem consideradas impuras. Há sete anos, ele foi apreendido na Unei (Unidade Educacional de Internação) de onde fugiu e ficou a pouco mais de um mês foragido.

Douradosnews

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