Vista geral de local da explosão na rua KM4 no distrito de Hodan, em Mogadicio, na Somália, no sábado (14) (Foto: Reuters/Feisal Omar).

Somália é um dos países com mais ataques terroristas no mundo

Jihadistas do Al Shabab, grupo ligado à Al-Qaeda, atacam bases militares e alvos civis e tentam derrubar governo central apoiado pela ONU e União Africana. País integra lista de dez locais com 75% dos ataques no mundo.

Somália é um dos países que mais registram ataques terroristas no mundo. Combatentes do grupo jihadista Al Shabab, ligado à Al-Qaeda, controlam amplas zonas do sul e do centro do país e tentam derrubar o governo central apoiado pela ONU e pela União Africana, atacando constantemente bases militares e alvos civis.

Vista geral de local da explosão na rua KM4 no distrito de Hodan, em Mogadicio, na Somália, no sábado (14) (Foto: Reuters/Feisal Omar).

Vista geral de local da explosão na rua KM4 no distrito de Hodan, em Mogadicio, na Somália, no sábado (14) (Foto: Reuters/Feisal Omar).

Em julho deste ano, um estudo revelou que a Somália integra uma lista com dez países onde ocorrem 75% de todos os ataques terroristas no mundo, ao lado de Iraque, Afeganistão, Índia, Paquistão, Filipinas, Turquia, Nigéria, Iêmen e Síria. As estatísticas foram reveladas pelo Consórcio Nacional para o Estudo do Terrorismo e Reações ao Terrorismo, um “centro de excelência” do Departamento de Segurança Interior do governo dos Estados Unidos localizado na Universidade de Maryland.

O país vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado. Isso deixou o país sem um governo efetivo e em mãos de milícias radicais islâmicas, senhores da guerra que respondem aos interesses de um clã determinado e grupos armados.

A última eleição realmente democrática na Somália aconteceu em 1969.

Além dos ataques terroristas, os jihadistas também impedem o acesso de grupos humanitários, o que agrava a fome no país, atingido ainda por uma forte seca. No início deste ano, a ONU estimou que mais de 6 milhões de somalis precisavam de ajuda urgente, o que correspondia a mais da metade da população.

Em fevereiro, o governo decretou catástrofe nacional e a Unicef estimou que 270 mil estavam em estágio de desnutrição grave. Segundo a ONU, 950 mil crianças menores de cinco anos sofreriam desnutrição aguda neste ano, das quais 185 mil morreriam se não recebessem tratamento médico imediato.

G1

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