Foram apreendidos aviões e carros. Fotos: MidiaMax

Quadrilha de MS roubava identidade de viciados em cracolândia para ocultar bens

CAMPO GRANDE/MS – A operação deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira (28), All In, terminou com a prisão de quatro pessoas em Campo Grande, integrantes da organização criminosa responsável pelo tráfico  internacional de drogas.

Foram apreendidos aviões e carros. Fotos: MidiaMax

Foram apreendidos aviões e carros. Fotos: MidiaMax

Também foi apreendida grande quantidade de droga. Foto: Midia Max

Também foi apreendida grande quantidade de droga. Foto: Midia Max

Gerson Palermo, apontado pela PF como líder da organização foi preso em sua residência no Jardim Leblon, e sua esposa Silvana Melo Sanches foi conduzida até a sede da superintendência da Polícia Federal, Osvaldo Inácio Barbosa Júnior e sua esposa Kely Cristina de Souza, Milton Motta Júnior e Hugo Leandro Tognini também foram presos.

No estado foram cumpridos 18 mandados, sendo 13 de prisão preventiva e 5 de prisão temporária. Ao todo foram cumpridos 50 mandados em seis estados brasileiros, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Paraná, Minas Gerais e São Paulo.

Como funcionava o esquema: advogados da organização criminosa usavam diversas pessoas como laranjas para fazer a lavagem de dinheiro da quadrilha. Segundo informações da Polícia Federal, eles já teriam ido até a cracolândia, no estado de São Paulo e de posse de três documentos de viciados em entorpecentes faziam a falsificação de documentos abrindo contas bancárias e transferindo bens para os nomes destas pessoas.

A cocaína que vinha da Bolívia era distribuída nos estados onde a a quadrilha tinha ‘negócios’, por meio de aeronaves ou por meio terrestre, com caminhões. No ano passado em abril e setembro foram feitas duas grandes apreensões de drogas, em abril de meia tonelada de maconha e em setembro de 300 quilos da droga, o que possibilitou aos policiais chegarem até o cabeça da quadrilha.

A suspeita da Polícia Federal é de que a droga seria enviada para o exterior, por causa, de sua qualidade. Durante a operação foram apreendidos mais de 35 veículos, já em Corumbá várias aeronaves foram apreendidas e o aeródromo foi lacrado pelos agentes. A quadrilha movimentava R$ 7 milhões e 500 mil com o tráfico de drogas.

Gerson Palermo era o responsável pela logística de como a droga chegaria ao país e como seria distribuída aos outros estados. Ele também é apontado como um dos fundadores da facção criminosa PCC (Primeiro Comando Capital) e de liderar em 2005 uma rebelião no Presídio de Segurança Máxima da Capital, no dia Das Mães, quando um preso acabou sendo morto e várias alas do estabelecimento penal destruídas.

Em 2000 Gerson foi condenado a 20 anos de prisão por roubar um avião, que fazia a rota Foz do Iguaçu a São Luiz. Palermo e mais oito homens sequestraram o Boeing 737-200 da Vasp para levar R$ 5 milhões em malotes roubados do Banco do Brasil.

Operação

A operação foi batizada de “All In”, jogada típica do Poker em que o jogador aposta todas as suas fichas em uma mão de cartas, em alusão à forma impetuosa com que a quadrilha desenvolvia suas atividades, arriscando-se no transporte de grandes carregamentos de entorpecentes.

 

Mida Max

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