Fumaça é vista sobre fábrica de açúcar e sniper aponta arma para aeroporto de Mossul, nesta quinta-feira (23) (Foto: Zohra Bensemra/ Reuters).

Forças iraquianas controlam aeroporto de Mossul após intenso confronto com Estado Islâmico

Conquista do aeroporto é estratégica já que a metade oeste da cidade é o último reduto do grupo terrorista, no Iraque.

A poiadas pelos Estados Unidos, as forças de segurança do Iraque tomaram o controle nessa manhã de quinta-feira (23) do aeroporto de Mossul, no norte do Iraque, após violentos confrontos com o Estado Islâmico (EI). A conquista do aeroporto é estratégica já que a metade oeste da cidade é o último reduto do grupo terrorista, segundo as agências Associated Press e France Presse.

Fumaça é vista sobre fábrica de açúcar e sniper aponta arma para aeroporto de Mossul, nesta quinta-feira (23) (Foto: Zohra Bensemra/ Reuters).

Fumaça é vista sobre fábrica de açúcar e sniper aponta arma para aeroporto de Mossul, nesta quinta-feira (23) (Foto: Zohra Bensemra/ Reuters).

“As Forças de Resposta Rápida e a polícia federal têm o controle integral do aeroporto de Mossul”, disse a emissora estatal, segundo a Reuters.

As forças de reação rápida da Polícia Federal atacaram o aeroporto, enquanto o Exército se concentrou no quartel de Al Gazalani, um dos mais importantes do EI no sudoeste de Mossul, segundo anunciou o comandante das Operações Conjuntas, general Abdelamir Yarala, de acordo com a Efe.

No aeroporto, o Estado Islâmico usou carros-bomba para tentar obstruir o avanço das forças iraquianas, de acordo com um correspondente da Reuters. Houve troca de tiros.

A agência afirma que testemunhas relataram que os militantes utilizaram drones (aeronaves não-tripuladas) repletos de bombas para atacar as Forças de Contraterrorismo do Iraque que avançavam do sudoeste da cidade.

A coalizão internacional sob comando americano tem um papel central de apoio às forças iraquianas com bombardeios aéreos assessores no local da batalha.

A ação militar no aeroporto marca o início da ofensiva dentro do perímetro urbano da metade oeste de Mossul. O aeroporto está localizado no acesso sul da cidade, perto da margem do Rio Tigre, que divide a cidade em duas metades.

“Estamos atacando o Estado Islâmico de múltiplas frentes para distraí-los e evitar que se reagrupem. É a melhor maneira de acabar com eles rapidamente”, afirmou o capitão da polícia federal Amir Abdul Kareem, que controla unidade que atua perto da base militar de Ghozlani.

Não há a confirmação do número de extremistas sunitas no aeroporto, mas fontes americanas citaram a presença de quase 2 mil combatentes entrincheirados na zona oeste de Mossul. Antes do início da ofensiva contra a cidade em 17 de outubro de 2016, estimava-se que entre 5 e 7 mil homens estariam na região, segundo a France Presse. As forças iraquianas “libertaram” há um mês a zona leste de Mossul.

Início da operação

As manobras militares começaram no domingo (19), mas até o momento, os militares tinham se limitado a libertar oito povos nos arredores da cidade e cortar as estradas que unem Mossul com a Síria, onde se encontra Al Raqqa, a capital de seu autoproclamado califado.

O objetivo dos militares na primeira fase da ofensiva era isolar completamente os terroristas e cortar seus suprimentos.

Ao mesmo tempo, a ONU, outras organizações internacionais e o governo iraquiano começaram os preparativos para receber cerca de 245 mil deslocados, que são esperados para fugir da metade ocidental da cidade nos próximos dias.

A campanha envolve uma força de 100 mil soldados iraquianos, combatentes curdos e milícias xiitas e fez avanços rápidos desde o início do ano, auxiliada por novas táticas e uma coordenação melhor.

Perder Mosul pode significar o fim da porção iraquiana do califado autodeclarado dos militantes no Iraque e na Síria, que o líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, declarou na cidade depois de arrasar vastas áreas do Iraque em 2014.

G1

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